quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Comunidades Terapêuticas: Manual de Liderança Cristã Para Cuidado de Usuários de Drogas

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é propor uma demonstração prática de liderança multiforme para o ministério com os marginalizados, levando em consideração um conjunto de princípios indispensáveis para o sucesso do mesmo. Será uma reflexão com maiores cuidados, não que seja algo novo relacionado à liderança no ministério com os marginalizados. Gostaríamos de destacar claramente a conservação intacta dos princípios de liderança que consistem soberanos no tratado do assunto séculos adentro.

Nossa vontade deveria ser sempre oferecer algo melhor. São muitas publicações de dissertações sobre determinados campos desse ministério extraordinário. Elas são expostas por indivíduos que não estão envolvidos no contato pessoal com as classes de excluídos. Com ousadia eles têm falado desse universo desconhecido por suas ações, compreensivelmente tem nos ajudado bastante. Esses teólogos, filósofos e sociólogos seriam mais eficientes se fossem peritos no assunto da experiência. Entretanto, a distância do convívio com os rejeitados produz uma fria desconfiança naqueles indivíduos sedentos de ensinos mais consistentes.

Precisamos saber que as teorias florescentes são abordadas freqüentemente e, às vezes, exercem muita influência e mais favor por serem simplesmente adornadas do saber acadêmico, mas, evidentemente, necessitamos também da exuberância prática.

O indivíduo analítico precisa provar sua teoria juntamente com a experiência. Se isso não for acatado como verdade inestimável no ministério de liderança Cristã com os excluídos, o erro deve ser encontrado em Jesus Cristo, pois ele é quem apresenta esse modelo de liderança aos seus discípulos. Logo, unificaremos a experiência aos fundamentos teóricos.

Desse modo, apresentaremos nossas idéias e ao mesmo tempo atingiremos nossos propósitos através de seus frutos. Queremos seguir os caminhos abertos por outros, conscientes de que nada existe de novo em nosso trabalho. Contudo, pretendemos colocá-lo à disposição das coisas úteis no reino de Deus, totalmente acessível, ao alcance daqueles que compartilham conosco no cultivo da descoberta e excelência da liderança cristã. Queremos voltá-lo em particular a nós mesmos das Comunidades terapêuticas e quando as coisas melhorarem (e estamos seguros que em breve acontecerá), esperamos atrair a atenção dos líderes que serão formados no ministério, de modo que eles utilizem nossas idéias e aplique-as ao contexto das comunidades. Com isso, conservarão vivo o conhecimento sobre o ministério com os marginalizados.

Quem é o marginalizado? Qual o papel das Comunidades terapêuticas em relação a eles? Essas são perguntas que iremos responder, exibindo as deficiências das Comunidades e com inteira responsabilidade à problemática moral e ingenuidade dos marginalizados, sem artifício de nenhuma espécie.

Assim, todos estejam seguros da seriedade do trabalho apresentado, e de nossas expectativas esperadas, pois nós apontaremos as soluções necessárias para a tonificação de estruturas organizacionais e humanas.

Os “ambiciosos” objetivos que almejamos alcançar no ministério estão acima de nossas forças, devido aos problemas que freqüentemente nos surpreendem. Por isso, gostaríamos de pensar e refletir a respeito dos acontecimentos da liderança focalizada nos grupos de pessoas sem prestígio no meio urbano.

Possivelmente, citaremos como exemplos: fatos, a magnificência dos triunfos e o aumento da confiança adquirida pelo que pretendíamos, quando fomos resolutos em situações onde obtivemos êxitos. Estudaremos os modelos de liderança aplicados e, em dado momento, o uso de algum critério que resolvemos experimentar, esperando com tal medida lograr o resultado esperado.

Utilizaremos como recurso de análise da realidade basicamente a experiência com os marginalizados que influenciamos no convívio cotidiano. Faremos uma exposição baseada em pesquisa de livros de liderança e administração utilizados como fontes de corroboração dos argumentos defendidos.

Os princípios e fundamentos de liderança serão abordados claramente, para que sejamos bem sucedidos e consigamos alcançar nossas pretensões, fazendo uso dos princípios já aplicados em outros casos. Também, procuraremos ir mais além, buscando a vitória sobre os problemas por meio das ações, e não simplesmente pela força do argumento.

Não omitiremos as opiniões elegantes que deixaram para trás muitas situações sem resultados. Para sermos melhores que as nossas próprias opiniões, precisamos penetrar os mais recônditos ocultos da alma do ser humano, com as nossas demonstrações práticas da verdade manifesta em vida.

Falaremos sobre a natureza da liderança, significados de liderança, funções, modelos, características, autoridade, influência e poder na liderança. Mas, antes de tudo, nos inteiraremos do tema, procurando seguir e acompanhar tudo que estamos descrevendo e recorreremos aos recursos de análise, ao mesmo tempo aplicando os caminhos percorridos pelos fatos da experiência e da complexidade das coisas que estamos habituados.

Como geralmente assuntos teóricos importantes estão integrados à liderança, não deixaremos de mencioná-los, pois tal feito seria apresentar algo de forma incômoda e vazia ao espírito dos homens. Esses, na maioria das vezes, estão cheios de múltiplas formas sistemáticas, mas nunca se transformam em reformas de suas lideranças.

Em nossa época, muitos são os livros sobre liderança, mas em conseqüência continuamos com a figura do líder solitário. O “virtuoso guru” que empolga e arrasta as massas, simultaneamente, perde sua importância e tende a desaparecer como modelo eficiente para um mundo globalizado e pós-moderno.

Vemos em Jesus o insuperável líder e ele será assunto de rigor nesse trabalho. Os olhos atentos não ofuscarão o rutilar e valor dessa obra com o preconceito tribal. Essa realização é para ajuste das deficiências do aspecto humano deteriorado, suas instituições e organizações entranhadas com os excluídos do meio social. Jesus estará em nossa galeria de honra. O denominamos como o único super-líder e daremos considerações especiais mais por quem ele é do que por seu conteúdo discursivo, ainda mais por ter irradiado por meio de seus aprendizes de liderança.

Por isso, daremos atenção especial no nosso trabalho aos princípios bíblicos de liderança e administração de Jesus e das escrituras sagradas em seu todo. Nelas, com certeza, estarão os caminhos para solução da problemática da liderança geral. Empregaremos sugestões e estratégias para enfrentarmos as situações com propostas de solução. Dividiremos em três capítulos o trabalho, sendo o primeiro relacionado as Comunidades terapêuticas e ao marginalizado. No segundo capítulo, trataremos sobre uma proposta de liderança multiforme fundamentada na bíblia. No último, o assunto abordado será a preparação e aperfeiçoamento de líderes na escola de Jesus Cristo.

CAPÍTULO I

AS COMUNIDADES TERAPEUTICAS

Inicialmente, apresentamos como objeto de estudo as comunidades terapêuticas. Como meio de representação de liderança no ministério com marginalizados, dessa é a que mais temos conhecimento, não em razão de fazer melhor esse trabalho, mas pelo fato de ser um micro-organismo funcional no contexto de missão urbana. Elas têm revelado características impactantes para formação de líderes preparados para apaziguar com bálsamo as almas feridas dos grupos marginalizados.

Nossa intenção não é fazer uma demonstração apenas de como um determinado grupo de líderes atuam nesse campo, mas realmente fazer una análise das verdades práticas que têm funcionado para o desempenho de uma realização importante na sociedade: cuidar daqueles que por motivos discriminatórios e pela desestruturação familiar se encontram excluídos do convívio social.

O problema que focalizaremos não trata do sofrimento das pessoas, mas de como podemos amenizar essas torturas por um meio imediato de nossa ação como líderes do reino de Deus. Logo, refletiremos sobre como poderemos exercer essa tarefa com mais eficiência.

A grande questão hoje, vista por nós como um equívoco doloroso, é que pensamos muito sobre o realizar, e não o pensamos realizando. Então, não dissertaremos uma tese de conceitos vazios de liderança que só nos afastam mais desse grupo de pessoas. Queremos ser precisos, abrangendo nosso pensamento conduzindo as coisas para a ação virtuosa, de modo que as verdades sejam calçadas com o funcionamento, e não pelo embelezamento argumentativo racional. Nossa contribuição para o crescimento e desenvolvimento da liderança com os marginalizados é trabalhar estreitamente ligando o pólo teórico ao prático com o interesse da restauração de vidas. Sabemos que apenas a conceituação de idéias não é o caminho seguro para o mundo poder encontrar suas excelências na liderança, nesse complexo ministério. Por outro extremo, prática sem razão é confusão. Quando levamos uma elaboração de conceitos para exercermos com o marginalizado, pensamos estar totalmente equipados, mas não demora muito e caímos em muitas dificuldades, tão logo começamos agir.

Freqüentemente, precisamos voltar atrás e tomar um novo caminho, se não queremos ver o trabalho de um longo tempo totalmente perdido. Então, estamos convencidos de que esse estudo acha-se seguro, pois será algo provado pela experiência que temos tido na realização das tarefas. Se algum mérito existe nisso, é aquele de termos abandonado muita coisa vã e sem sentido de ser algo aproveitável. Com isso, não estamos supervalorizando a experiência, mas pelo contrário, queremos colocá-la em seu verdadeiro lugar, que é de igualdade à teoria. O caminho da injustiça contra ela começa quando as pessoas que fazem são desmerecidas diante daquelas que com a razão seguem em busca das vantagens favorecidas pelas teorias.

Existe uma grande diferença entre cuidar da alma humana, e fazer uma crítica sobre os erros que cometemos ao cuidar da alma humana. É bem mais fácil demonstrarmos os erros cometidos por nós ao exercermos isso, que trazermos um desenvolvimento lúcido de como aplicarmos isso com mais precisão. As falhas marcam mais profundamente a humanidade do que seus acertos e suas proezas. A maioria dos indivíduos aprendeu um erro maior, ao ficar apenas apontando as falhas dos outros. Desejamos muito que esse legado não seja avaliado pelos possíveis desencontros que imprimiremos, mas pela penetração aproveitável e pela influência no conjunto do gênero humano.

Falaremos pouco aqui sobre as Comunidades terapêuticas e inconcussaremos mais o empenho de nossa liberdade de expressão sobre os conceitos de liderança, pois temos aplicado para a resolução de nossa problemática dentro dela. Embora, possivelmente, seria interessante expor um pouco da estrutura organizacional e de sua história, não faremos isso extensamente porque nossa história em nada nos fará melhores, exploraremos a aplicação dos valores éticos e princípios utilizados.

A Comunidades terapêuticas constituem organizações cristãs do terceiro setor, tendo seu foco voltado às pessoas excluídas,Adictos, alcolistas, adolescentes em área de risco e outras extirpes. Elas foram fundadas com o objetivo de ser um ministério de evangelização focado em diversos grupos e pessoas dependentes das drogas. A visão é proporcionar para eles bem estar físico, social e espiritual, para que sejam reintegrados à sociedade e possam assim ser exemplos de como valores e princípios aplicados podem mudar a vida das pessoas. Sua missão é criar na mente dessas pessoas a capacidade de compreensão da realidade do mundo que estão inseridos, com o propósito de gerar a coragem para enfrentar a realidade. Na prática de seu dever, procurar desenvolver nas pessoas as habilidades necessárias e convicções daquilo que precisam acreditar como cristãos, desvendando biblicamente o sistema de valores necessários para a humanidade ser livre da opressão dos poderes espirituais, econômicos, filosóficos, políticos e sociais que escravizam a alma humana. Essas forças invisíveis deprimem e arrastam as vidas dos indivíduos ao condicionamento insaciável e pela busca de alivio das tensões.

Na concepção de mensagem da maioria das comunidades terapêuticas cristãs, está inserido o conceito de que toda humanidade está corrompida, e muitos “normais” fazem coisas semelhantes a dessas vítimas, mas a grande questão é que elas não são favorecidas por nosso sistema social corrupto. Quando falarmos sobre quem é o marginalizado, conceituaremos o que ele é. Não usaremos de aberração discriminatória de divisão de classes, colocando muitos no patamar da desigualdade. Obviamente, a Comunidades terapêuticas não sãos grupos estabelecidos nos fundamentos marxista, nem prega igualdade social.

A ignorância mentecapta condena pessoas, criando um laboratório de grupos excluídos para classificação sistematizada da sociologia. Na verdade, os atos cometidos pelas pessoas jamais deveriam ser um meio que as conduz a uma exclusão social, mas uma oportunidade para serem acompanhadas e ouvidas, porém, se torna uma oportunidade para rejeitá-las. Quando o dependente químico, a prostituta e os adolescentes em risco são discriminados ou tratados como escoria da sociedade, estamos condenando aquilo produzido por nós mesmos. Eles são produtos do meio, e nossa condenação veemente é como se eles fossem um fim em si mesmos.

Nas Comunidades terapêuticas o lugar das pessoas não é marcado. O adolescente em risco, dependente químico das classes abastadas ou outra extirpe de gente como médico, empresário, político ou qualquer indivíduo que doentemente precisa de ajuda são tratados como doentes, pois pensamos no problema do ser humano e não no de uma pessoa. A moral cristã na visão das Comunidades é algo do particular de cada indivíduo, “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Ro 3:23).

Jesus, em sua mensagem, nunca pregou uma moral coletiva, muito pelo contrário, indivíduos salvos particularmente formam o corpo de Cristo, logo, entendemos que freqüentar um lugar não faz ninguém membro do corpo de Cristo. Jesus é o cabeça do corpo, não fez acepção ou excluiu ninguém, quem é o corpo para excluir? Com essa questão temos um tema vasto, podemos pensar sobre isso profundamente, determinados a obter algo certo, relacionado ao conceito de “Igreja Cristã”.

Dentro da conceituação da “doutrinária da Comunidade”, os excluídos enfrentam constantemente uma luta psicológica contra as pretensões preconceituosos da sociedade. Algo no sentido de criar um mundo onde sua falsa moralidade é constituída com os declínios morais, espirituais e econômicos uns dos outros. Isso é apenas um conjunto vulgar de qualidades e observações aprovadas pela generalidade humana. Isso é algo que existe em seu lugar intocável apenas com a aprovação e necessidade de utilidade que proporciona prazer, pois conduz ao bem-estar da sociedade.

O homem é um ser racional, ele necessita ser nutrido espiritualmente, fisicamente e também intelectualmente. É sociável, mas nem sempre pode usufruir de uma companhia agradável que o faça sentir o gosto devido pela vida, porque se encontra às margens do grupo de convívio e relacionamento. Então, temos essa compreensão integral do ser humano, bem como as várias necessidades do mesmo, não podendo o indivíduo inclinar-se apenas para o repouso do espírito. Precisa ser integrado com total disposição para desenvolver seu papel social como indivíduo, restabelecendo, assim, suas estruturas que o reintegra ao meio social.

2. O Marginalizado um Mega-Problema Social

Quem é o marginalizado? A questão colocada no intróito deve ser respondida para compor o conjunto de idéias, que estamos formulando trazer resposta para o que é, qual seu sentido e sua verdade de ser o que é, e para determinar a qualidade do estudo do objeto de análise como proposta de valor para liderança. Quase tudo que lemos em artigos, jornais e revistas sobre o assunto é algo absurdo. Sempre nos incomoda e vemos como inautêntico, digno de desconfiança. As observações levam-nos à compreensão constituinte de uma muralha preconceituosa e redutiva das possibilidades de recuperação desses indivíduos. As impressões contagiantes desses intelectuais dos artigos são avivadas na mídia com a visão do indivíduo como um ser acabado, tudo aquilo que pode ser, não se atentando para as possibilidades daquilo que possa vir a ser.

O Cristianismo por muito tempo foi considerada uma religião de bárbaros. Ele tem mostrado claramente ser a religião mais relevante em valores indissolúveis importantes para superação da crise existencial, como também é a solução para as barbaridades da humanidade. Apresenta os efeitos mais notáveis, atraindo as pessoas para os caminhos exuberantes das virtudes, sua doutrina abastada de sublimes preceitos ilustres faz o indivíduo perceber a diferença existente entre uma vida de vícios grotescos e os nobres sentimentos produzidos por uma vida de liberdade. O amor como base é o rutilante remédio que injeta cura aos corações feridos pelas chagas venenosas das cidades materialistas onde vivem os excluídos. Deus é o princípio regulador de nossos sentimentos e nos faz aprovar aquilo detestado pelo preconceito social. Um raio de esperança paira sobre suas angústias, quando numa nova expectativa, o indubitável vem para transcender as dores mais profundas desses indivíduos. A sociedade sequer tem noção dos males causados a essas pessoas desprezadas no mundo produzido por nós mesmos, no qual essas pessoas estão sendo projetadas incessantemente.

Uma reflexão, por mais superficial que seja, aponta Jesus Cristo como um líder popular, preocupado com as necessidades básicas do ser humano. Olhamos para ele e, com certeza, nele obteremos a resposta para a questão do marginalizado. Se o entendimento das pessoas a respeito desse grupo for o mesmo que destacaremos abaixo, eliminaremos o monte de entulhos que cauterizam a mente das pessoas para não verem no marginalizado a sua própria imagem.

Quem é o marginalizado? Com competência racional podemos olhar e perlustrar honestamente essa figura social? Qual caminho seguro podemos determinar? Como deduziremos isso, sem o arbitrarismo hipócrita para nos justificar e condenar o outro?

Quem é o marginalizado é bem mais fácil de responder, do que responder o que é uma sociedade. Essa é a grande pergunta da sociologia. Ou mesmo, o que é a vida? Biologia. Que é um animal? Zoologia. O que é uma planta? Botânica. O marginalizado é um ser humano com capacidade de:

· Resgatar autonomia individual;

· Entender, querer, decidir...;

· Amar, perdoar, respeitar...;

· Ter consciência de si e de suas atitudes;

· Mostrar suas nobres qualidades, praticar atos morais e éticos;

· Ser humano único na dimensão bio-psico-social-espiritual, capaz de renascer.

Com base nos pressupostos desse prisma, a palavra “marginalizado” está de certa maneira arraigada na certidão de nascimento de todo ser humano. O marginal é o ser humano caído, a máquina maquiavélica da desobediência. Não temos direito de decidir o que uma pessoa é simplesmente por causa de seus atos públicos espetaculares que frustram as perspectivas de uma “sociedade” arquitetada, mediante as nossas quimeras.

Essa engenharia de massas fermentadas se tornou o muro de negação dos extintos selvagens que ela própria excita. Conseqüentemente, ela cria seu quadro de preferências, por meio da educação exercita a razão para decidir quem deve, ou quem não deve ser privilegiado por aquilo oferecido pelas nossas estruturas. Então, na rua, onde as pessoas passam para trabalhar em seus carros, em frente das casas, estão os excluídos da chamada sociedade. Nós perguntamos o que é uma sociedade?A sociologia define:

A sociedade é constituída pela interação mental de indivíduos e existe onde quer que dois ou três indivíduos tem relações conscientes e recíprocas um para com outro. ( Bach, W, p. 1)

Seguem às margens da sociedade: os menores infratores ou meninos de rua, prostitutas, travestis, mendigos “e os seres humanos”. Nossa proposta é defender a causa da humanidade, elaborando uma questão que deveria estar sendo agitada há muito tempo, não no sentido bisbilhoteiro de teorias que saturam a literatura, mas uma conversão para conceber nas pessoas o desejo e a paixão por aqueles carentes de nossos cuidados. O sentido de acolhimento humano deve ser um exercício contínuo entre nós, sem o qual estarão inviabilizadas as possibilidades de resolução de um mega-problema do mundo hodierno. Devemos exercer os valores e a firmeza de espírito. Nosso direito de liberdade não pode ser ao mesmo tempo a libertinagem que escraviza vidas. O direito do amor é direito de todos.

Há aqueles sem qualquer traço maquiavélico que levam as organizações do terceiro setor a promover sua bandeira de ação social, e não a questão das pessoas que dependem de sua colaboração. Algumas organizações criam condições cada vez mais favoráveis para implantação de seu negócio fraudulento, no qual “fantoches” são usados como mecanismos continuamente enganados em relação às promessas feitas por essas organizações que não têm a unificação de compromisso e administração dos recursos captados para serem usados para fins humanitários.

Uma das razões que nos força a escrever sobre liderança para o marginalizado é a necessidade de voltarmos nossos olhos para a revalorização da vida e da dignidade da pessoa. Essas pessoas excluídas estão com sua auto-estima drasticamente inexistente, sentindo-se derrotadas, fracassadas e com imensa dificuldade de compreensão da causa intrínseca de dignidade pessoal.

Vivemos em um mundo onde constantemente ouvimos falar de ética e direitos humanos. No pensamento iluminista de Emmanuel Kant, o fundamento da ética é justamente o que estamos mais distantes: o respeito pelo bem-estar físico, espiritual e o direito dos indivíduos. A necessidade de ajuda faz-se muito grande, para essas vítimas de famílias disfuncionais, e de um meio que esfrangalha todas suas perspectivas de crescimento sócio-econômico, oprimindo-as como reféns dessa nefasta prisão infernal.

Com efeito, agora somos obrigados a explorar um vasto campo de concentração que predomina a desgraça, penúria e lágrimas sem significado ou resposta. A pergunta fatal do marginalizado é aquela que a religião não está preparada para responder: onde está Deus? Pois a religião anda voltada para seu mesquinho ego capitalista, afogada no mar do consumismo, o mesmo que desmoraliza vidas em uma catastrófica cadeia de abandono social.

As tentativas políticas condensadas em projetos de combate à pobreza, prostituição infantil, tráfico de drogas e outros condutores de malefícios em sua maioria redundam em fracassos. Às vezes, os mesmos pontos vitais são abordados constantemente por caminhos diferentes. Hoje, o foco que crucifica a capacidade do desenho de uma sociedade justa mostra uma incompetência caracterizada pelos fracassos que nunca foram solucionados. Outra questão que queremos apresentar é a seguinte: por onde iremos tomar o rumo para tentar amenizar o problema do marginalizado no Brasil? Sabemos que, na introdução do pensamento de muitos, a resposta está voltada para ação política, enquanto outros dispensam essa responsabilidade como algo político e acreditam em uma resolução de ordem espiritual. Em nossa concepção faz-se necessária uma integração, pois trata-se de um problema da humanidade, não da igreja ou das estruturas políticas, sendo as duas estruturas existentes para resolver essa entre muitas outras causas. É também uma responsabilidade do setor empresarial, mas, por outro lado, pode haver uma boa integração entre os três setores, porém, sem uma liderança especializada nesse ministério as tentativas obterão pouco ou nenhum sucesso.

Gostaríamos de destacar nossas considerações, sem ditar nenhuma regra do que é preciso fazer como resultado final, mas colocando à disposição mais um meio de execução que, em determinadas circunstâncias, será somado para atividade inteligente do cuidado com o marginalizado.

Destacaremos alguns pontos relevantes para podermos lançar como isca para lograrmos resultados no tratamento do marginalizado.

· Primeiro, trate-o como um ser humano; saiba que em nada és superior a ele, tendo consciência de que isso é a fonte de todo preconceito que impede a restauração.

· O marginalizado acha-se inferiorizado; resgate seus valores e coloque-o em situação de igualdade a você, como imagem e semelhança de Deus.

· Ele tem dificuldade de aproximação; aproxime-se dele com cuidado, porque ele teme aproximação, seu sentimento é de vítima da sociedade.

· Ele conhece um mundo desconhecido por nós; procure conhecer seu mundo, para depois falar do seu para ele.

· Não pregue com palavras, pregue com amor; para eles lições morais são formas de elevação de nossa pessoa e humilhação da pessoa deles.

· Antes de mexer com seus sentimentos, mexa com seu pensamento, leve-o analisar primeira sua situação de vida; tocar em sentimento e emoções no início é um erro grave, a pessoa pode sentir-se muito culpada, desconfortável e recusar a vida nova por vergonha dos deslizes das práticas do passado.

· É preciso entender que essas pessoas, em sua maioria, estão desconfiadas, às vezes, foram abusadas e usadas, manipuladas quando crianças em troca de algo, então, dar coisas logo no início do relacionamento despertará no inconsciente uma mensagem de manipulação, acontecendo isso, elas não se interessarão mais por nossos ensinamentos, mas por aquilo que oferecemos materialmente.

· Não tente organizá-los por fora, ensine-os valores de construção de sua vida interior; concebidos por nossas atitudes externas.

· O marginalizado o é primeiro por dentro; todo seu sentimento de orgulho e dignidade foi roubado, logo, ele precisa ser honrado tal como é, assim damos a oportunidade para ele projetar seu vir a ser.

· Seu espírito está oprimido por diversas causas; mostre-lhes os efeitos sofridos, depois o processo de superação dos seus medos, traumas, desvios de conduta desprezível aos olhos da sociedade.

Nitidamente, esses são conceitos básicos fundamentais, poderemos aplicá-los como propriedade condutora para as pessoas de nosso convívio. Isso produzirá o efeito da dignidade humana, ao invés de perscrutarmos apenas as limitações de entendimento, condições materiais ou distorção dos conceitos de vida dessas pessoas. O desprezo e ódio não podem achar lugar em nossos corações, mas a compaixão nos sensibiliza em relação ao sofrimento alheio. Muitos condenam o que eles fazem, mas praticam atos semelhantes aos deles, porém, mascarados com a proteção das paredes ocultas. Antes de condená-los precisam fazer um auto-exame (no sentido moral). Muitos cidadãos sentem-se intimidados em praticar alguns atos em razão de observar que um outro assim procedeu e sofreu penosas conseqüências.

O ser humano tem sido objeto do engôdo fatal, dominados por uma consciência das massas que condenam os indivíduos a uma falsa relação entre si, na qual escolhemos nossos relacionamentos baseados em conquistas materiais, intelectuais, culturais e um monte de relativos e absolutos. Quem não se acha em determinado grupo, tende a partir para outro grupo, buscando desenvolver relacionamentos que acabam por determinar o caráter de cada um. hábitos e estilo de vida são desenvolvidos; um exemplo pode seduzir muitos, pois já estão vivendo na decadência, normalmente chamamos de más condutas sociais, silenciosamente a cada dia engessa e confina muitos a vida marginal.

As pressões econômicas, exigências escolares e estética, seguidas de opressão política, cultural e religiosa criam situações inescrupulosas, isso faz as pessoas decidirem ser o que não nasceram para ser. É natural muitos não se incomodarem mais com o que se tornaram, com toda privação do direito, acabam satisfeitos com a sua simples negação de vida social, pois incansavelmente não conseguiram na sociedade as pretensões desejadas. No lugar de sua realização, fica a repressão de si, concebem uma esperança desnutrida, tornando-se indivíduos sem autonomia política e religiosa, incapazes de julgar e decidir conscientemente por si mesmos, pois suas faculdades estão totalmente cauterizadas pelas conseqüências fustigantes que mecanizaram suas mentes ao conformismo de uma existência medíocre.

Por outro lado, entra aqui a influência positiva da liderança. Geralmente o marginalizado está aberto para ela, sua capacidade precisa ser exercida a fim de começar a ver a luz rutilante para promover as boas qualidades capazes de reintegrá-lo novamente ao convívio social em conseqüência de uma reflexão racional.

Se o sofrimento não nos sensibiliza mais para uma ação de combate aos males escravizadores da humanidade, perdemos quase toda nossa humanidade. Seremos escravos de nossos preconceitos e da ciência – objeto pesquisador a procura da cura.

O conforto ou prolongamento da vida sem resolução das angústias, aponta o sinal de uma drástica existência não mais elevada. Perderemos o status nobre de criatura inteligente do planeta, seremos o mais sarcástico projeto de invenção divina, o contra-senso, o maior e único parasita racional a mendigar com a dor, o desprezo e a vergonha.

Queremos pensar aqui com a pretensão de ligar os conceitos práticos a um progresso mais objetivo, para libertar os marginalizados do medo, infelicidade, desgosto e resultado final do descaso social. Não vamos dizer que sabemos o que não sabemos, ou, talvez, em contra partida, outros sabem e nós não sabemos e queremos demonstrar conhecimento. Existe uma razão, um caminho a ser trilhado.

Podemos fazer o que muitos não fizeram, não mais um mundo de utopias, nem o mundo das estantes, das bibliotecas cheias de teses e conceitos. Agora chegou a hora da verdade. A Verdade pregou a verdade; a Verdade fez por si mesma, ela libertou os cativos e oprimidos! A verdade não está só na estante, nem tão pouco presa em um conceito teológico ou filosófico, a verdade é viva, ela é verdade quando funciona na prática. O maior líder no ministério com os marginalizados disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida! E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!” (Jo 14:6, Jo 8:32). Ele disse, fez e ensinou a própria verdade como ela funciona; não é na utopia, nem nos discursos plausíveis, delirantes, nas palavras veneráveis do espírito humano carregado de efeitos enfeitiçados, nem na argumentação evidenciada intuitivamente das fontes limitadas da mente, que libera a voz de comando sobre os ouvidos. Mas, na verdade, o trabalho prático que desempenhamos, leva-nos ao procedimento eficiente, embasando-nos e nos equipando para o combate.

Os sonhos dos visionários da imaginação sem o trabalho, já estão condenados à morte precoce. Estamos no tempo da força do espírito, há vontade de ver o fato, da liderança motivada pelo amor, da negação de si mesmo em prol da esperança de conquista de aplausos que jamais nossos ouvidos ouvirão, pois eles estarão muito ocupados com os lamentos daqueles “bastardos” esquecidos nesse mundo globalizado.

CAPÍTULO II

UMA PROPOSTA DE LIDERANÇA MULTIFORME FUNDAMENTADA NA BÍBLIA.

Neste capítulo, não teremos apenas o intelecto a nosso serviço, embora existam muitas propostas de liderança convicentes. Queremos deixar nossa contribuição calçadas dos parâmetros extraídos da bíblia, pois ela muito tem a nos ensinar sobre liderança.

1. O Ensino da Bíblia Sobre Liderança Multiforme

O homem pós-moderno faz um descaso absurdo das instruções estupendas oferecidas pelas sagradas escrituras e rejeita suas normas e contribuições éticas resolutas para termos convicção das decisões tomadas no cotidiano.

Nosso planeta enfrenta muitas crises e, nos momentos de crise, é essencial o despontamento de bons líderes, pois esses conduzirão as coisas para situações apaziguadoras. Esses homens são aqueles prontos para tomar as decisões que muitos não teriam coragem de tomar, afinal, quem toma uma decisão corre sempre o risco de errar e quem não decide já errou.

Por outro lado, como promessa escrita a ser cumprida apresentamos a desmistificação da personificação do mito do líder solitário. Não mais dita regras aquele resolvedor de tudo nas organizações, instituições e companhias. Sem ele pressupõe-se não existir lucro, ou as coisas não irão para frente. As perspectivas para o mundo empresarial são revolucionárias, “A fábrica do futuro terá apenas dois empregados: um homem e um cachorro. O homem estará lá para alimentar o cachorro e o cachorro para impedir que o homem toque o computador” (Bennis, apud Naus, B. & Dobbs, 2000). E a igreja? As organizações sociais Cristãs e governamentais? Se analisarmos as concepções bíblicas para a liderança nas instituições, os princípios se empenharão para um modelo de liderança de improvisação do coletivo, não aquele líder situacionista inerte pré-fabricado, visto como o grande homem super-dotado, capaz de prever tudo que resultará de bom e ruim para crescimento e segurança da organização. Muito pelo contrário, não existe mais lugar para o super-líder nas organizações.

A maioria das organizações se fundamentam em teorias de uma liderança militar tradicional, um sistema estrutural de líderes baseados no cargo e no poder delegado. Muitas das organizações do governo que atuam cuidando de adolescentes e crianças marginalizadas forçam as regras e cargos como proteção contra a falta de capacitação dos líderes por parte do poder público. No entanto, propomos o afastamento dos cargos e restrição de regras, que violam direitos humanos, rigorosamente aplicadas nas organizações e unidades governamentais responsáveis pelo tratamento dos menores. Nossa resposta para liderança é a criação de uma teia multiforme como um campo energético. Nela os líderes funcionam como pontos de energia em torno dos quais a atividade se agrupa e desenvolve o esfrangalhamento dos cargos que tornam as coisas inflexíveis no sistema. O exercício de liderar deve ser funcional, não imposto pelo rigor da lei estabelecida ou pela força que gera violência, isso tem gerado mais problemas ao invés de soluções para população desprotegida.

Na proposta da maioria das abordagens de liderança, as pessoas são contratadas para cumprir os mandamentos do cargo e não para se empenharem em trazer uma resposta convicente para sociedade da funcionalidade dos valores aplicados. Não estamos interessados em como os líderes resolvem as tarefas ou se têm cumprido o esperado; queremos a eficácia, a transferência de liderança de acordo com a necessidade do momento. Sempre observamos como joga um time de futebol, embora exista um especialista para marcar os gols o time não vence apenas se a bola cair nos pés dele e marcar. A vitória é a maior satisfação e os jogadores entram e saem de acordo com o andamento da partida, assim as responsabilidades de transferem sutilmente. Em nossa concepção os líderes emergirão o curso natural da atividade desenvolvida nas unidades e farão o trabalho que precisa ser feio ao invés de depositarmos nossa esperança em salvadores da pátria do cargo. A figura do poder espanta e intimida, mas não tem privilégios para obter transfornações nas instituições governamentais como os educandários.

Nossa proposta de liderança fundamentada na bíblia é algo feito onde e quando é necessário; liderança como conceito de exercício de funções e das tarefas distribuídas. Não concebemos nos princípios neo-testamentários nada que nos leve a ver a figura do comando determinando as coisas. O primeiro exemplo disso é Jesus constituindo os doze sobre a igreja, porém, para lançar os fundamentos de sua doutrina, não para o governo deles sobre a mesma. Agora pensamos sobre isso, deixando claro, para infortúnio de muitos, que o mito solitário precisa morrer nas instituições que prezam valores cristãos e cronometram dias para o funcionamento eficiente das funções.

Acreditamos no conceito de liderança dos gafanhotos, pois a natureza dá testemunho contra a hierarquia, “os gafanhotos não tem líder; e, contudo, todos saem em bandos se repartem”(Pv 29:27); e grande é o estrago feito por eles em uma plantação, onde todos fazem o necessário, se unem para satisfação do “grupo”. Os peixes em um cardume se desviam como se fossem um, os gansos em forma de V, um após o outro, seguem para um local exato e depois retornam para recuperar a corrente de ar em outros vôos. Chega da síndrome de leão, e chamado vocacional de rainha das abelhas e formigas.

Em nossa época, muitos ainda se dobram frente às metáforas sobre liderança baseadas nas concepções de uma pirâmide humana, onde o líder é o cabeça da organização, e o resto o corpo receptor de ordens e mensagens para turbiná-los para produção. Em frente às crises, vemos o momento de integrarmos o aspecto natural e holístico e orquestrarmos os comandos das atividades de vários grupos das organizações governamentais criadas para cuidar de adolescentes e crianças em risco, assim como aquelas incorporadoras das iniciativas de tratamento dos dependentes químicos.

Temos pouca compreensão sobre liderança, ainda que seja uma das maiores funções estudadas de administração. Que é liderança? Embora possamos obter muitas respostas com a existência de uma aproximação entre si, não termos algo prontamente definido sobre o que é liderança. Então, não ficaremos conceituando sobre o que é um líder, nossos objetivos não estão voltados para a conceituação do objeto, mas dos princípios aplicados para consistência de resultados precisos nas organizações e na vida das pessoas.

Refletimos analiticamente sobre os conceitos bíblicos fundamentais a respeito de liderança. Esses corroboram sobre fatos incontestáveis, as razões estupendas, reforçando a possibilidade de todos nós sermos feitos para exercício de domínio, liderança, administração (Gn 1: 26). Deus criou o homem a sua imagem e semelhança e o constituiu para dominar, liderar sobre toda criação, exceto homem sobre o homem, isso está vedado. Um espírito humano não pode exercer domínio sobre o outro, é uma forma vulgar de escravidão. Se isso está destacado nas escrituras, como então vamos exercer a liderança sobre os indivíduos? Como acharemos uma fundamentação nas escrituras para uma proposta de liderança transformadora? Primeiro, precisamos definir alguns critérios usados para caracterizar os modelos de liderança. Os críticos positivistas dessas abordagens, comumente entorpecem as pesquisas destinadas ao estudo e compreensão de liderança. Pouca ou quase nenhuma atenção têm dado para aquilo que a bíblia tem a dizer sobre isso. Eles não estão interessados nos modelos e princípios existentes na verdade divina, os procedimentos que ela designa para as pessoas revestidas de autoridade, poder e influência. Seus propósitos para liderança se revelam cheios de sentido e como modelos podem ser seguramente ensinados, apresentados como fundamento para todas as proposições da liderança. O conhecimento positivista das obras de pensadores tenta interiorizar uma postura de ação para preparação de líderes, com intuito de fazer funcionar os organismos que regem a sociedade capitalista, mas não resolvem os problemas gerados pela crise mundial de liderança. Ironicamente, estamos convencidos pela representação humana dos equívocos que os infortúnios não terminarão. Constantemente, as organizações estão sendo atacadas com intensidade diante de uma série de problemas sociais, econômicos, políticos e espirituais.

O reflexo disso encontra-se nas ruas, onde pessoas são marginalizadas por não terem uma inclusão em um emprego para suprir suas necessidades básicas. Vivemos enfrentando um período negro e totalmente ofensivo àqueles constituídos nas posições e cargos de liderança de organizações, instituições e vida política.

Embora sejamos dotados de livre-arbítrio e consciência para fazermos as coisas certas, não sabemos quais serão as melhores para nossa nação, pois o que mais observamos são valores corrompidos na sociedade. Os escândalos das lideranças políticas, religiosas e familiares nunca tiveram tanto lugar na história da humanidade. A pergunta é: o que está acontecendo para aumentar o caos na crise da liderança? Isso não tem a ver com os fundamentos e princípios aprendidos pelos líderes hodiernos? Preservam e conceituam insistentemente no espírito dos líderes; constituem como força de gerenciamento e administração absoluta os mesmos mecanismos, não dando atenção para aquilo que Deus tem a dizer em relação à ética, integridade e moral na bíblia. As perguntas que deixaremos formuladas para sua própria resposta como pessoa que almeja, ousa e se ocupa de cargo de alguma “chefia” são:

· O que você deveria fazer, mas não está fazendo?

· O que você não deveria fazer; porém, esta fazendo?

Em sentido mais abrangente, perseguiremos velhas diretrizes. Existem muitas maneiras para chegarmos ao ápice do produto acabado (ainda mais se tratando de liderança), mas queremos mostrar uma maneira simplificada e assemelhada, ela se perfaz com diferente aparência estética da imitação dos modelos apresentados em diversas obras.

Pensando um pouco autônomo, e desvendando desde os inferiores até os mais elevados pensamentos sobre liderança, com boa fé, queremos deixar as evidências apontarem a afirmativa indubitável de ressaltar a importância de lutamos para sermos melhores, porém, não mantendo continuamente uma auto-conservação da figura do líder em si mesmo, pois os mestres modelam a força dessa filosofia daqueles colocados em postos elevados, eles deveriam ser as estátuas destruídas da nova mentalidade. Desejamos compor um novo universo de liderança, concebedor do golpe de misericórdia nesse jeito prepotente de ditar quem é o líder.

Depois de imposta, a criatura de laboratório começa a dominação por meio da divisão do trabalho. Aquilo feito por muitos, exibe-se como resultado da “subjugação” da unidade coletiva pelo exercício do cargo, logo, se coloca a frente com o título de general. Imediatamente, conserva seu direito em uma função separatista, um objeto supersticioso vítima do gênio cego da deliberação, invocando a si mesmo a revolução, justamente pela dominação delegada. Contudo, o tecido apodrecido continua com sua ruptura do sofrimento, e o líder ilusório como coisa sem direção estropiada é presumido pelo nome de onipotente.

1.1. Estilo de liderança orientada para tarefa.

Esse estilo de liderança compõe o grupo pela força e pelo comando de sua vontade.

Veja algumas características desse estilo:

a) Socialmente distante;

b) Autocrático;

c) Diretivo;

d) Estruturalista;

e) Restritivo;

f) Centralizador.

Mas, com isso, não queremos dizer que os líderes orientados para tarefas sejam pessoas ásperas, rudes e ditadoras. Evidentemente, são pessoas que colocam as tarefas em primeiro plano e seus atos, atitudes e preocupações estão focalizados em resultados, embora possamos encontrar liderança voltada para tarefa que não seja totalmente arraigada em valores de produção.

1.2. O líder orientado para as pessoas

Líderes orientados para as pessoas estão preocupados com o bem-estar delas, querem ser amigáveis e sensibilizam-se com os problemas dos indivíduos.

Algumas características:

a) Democrático;

b) Orientado para seguidores;

c) Participativo;

d) Permissivo;

e) Bem-educado;

f) Imperativo;

g) Liberal;

h) Carismática.

Indubitavelmente, são os líderes voltados para pessoas que desempenham o melhor papel no cuidado com o marginalizado. Eles estão concentrados nas relações, ajudam as pessoas serem mais responsáveis umas para com as outras; tem facilidade de subordinar seus liderados.

1.3 Integrando os dois estilos

Muitas teorias de liderança concebem baseada na visão bidimensional, com a concepção de liderança orientada para tarefas e para pessoas como dimensões diferentes, porém, elas não descartam a possibilidade do líder agir com comportamento flexível para uma centralização entre os dois pólos. Essas lideranças podem se adaptar às situações, embora existam também teorias opostas ao situacionismo, mas concordam com a devoção equilibrada entre pessoas e tarefas, com variações só em táticas de balanceamento.

1.4 Os traços dos líderes.

Se pensarmos em biografias de grandes mestres do estudo de liderança que passaram por nossas mãos, recordaremos as histórias de grandes líderes impressas em páginas e, notavelmente, nossos olhos estarão fixos em seus traços. Obviamente, nos antigos e nos tempos modernos, a manifestação geradora das descobertas dos grandes líderes é aquela que o perfil do líder é traçado como meio de atribuir efetivamente suas habilidades para funções de liderança.

Colocamos no tabuleiro vários traços: inteligência, autoconfiança, personalidade, habilidade mental, entre outros, embora isso seja evidente. Essas características aplicadas às circunstâncias distinguirão em muito as condições dos líderes para uma determinada função daqueles que não se encaixam como líderes do campo de atuação. Estudos revelam capacidades adicionais arraigadas ao espírito do líder.

O líder se caracteriza por uma forte queda para a responsabilidade e conclusão de tarefas, vigor e persistência na consecução dos objetivos, espírito empreendedor e originalidade na solução de problemas, tendência a ter iniciativa nas situações sociais, autoconfiança e senso de identidade pessoal, desejo de aceitar as conseqüências das decisões e atos, rapidez na absorção que resulta das relações inter-pessoais, disposição para tolerar as frustrações e atraso, capacidade para influenciar o comportamento de outras pessoas e capacidade para estruturar sistemas de interação social para finalidades objetivas. (Hokkman & Oldhan, 1965. p. 129)

O líder trabalha no propósito da excelência. Para ele a questão não é apenas fazer, seu interesse está voltado para obter bons resultados naquilo que faz, porém, o fazer precisa estar interligado com a excelência, do contrário não poderia ser considerado uma feitura, mas algo do meio, inacabado, que não atingiu a eminência, não teve o toque do “gênio” esclarecido, perlustrador de como as coisas devem ser feitas. Em muitas situações, as coisas devem ser julgadas a partir dos resultados, quando se realiza com muito esforço e preparação, quando o líder põe a equipar-se detalhadamente com as sutilezas e convicções, para assim expor com elegância seus feitos, e ele persegue a qualidade daquilo que investe com o fim de ter o produto do fim.

Estudos de funcionários de grandes multinacionais e empresas de tecnologia revelam que os líderes da maioria das grandes empresas possuem necessidade de realização, e isso começará com o uso da habilidade e dos dons. Embora as pessoas possam ter grandes contribuições técnicas e serem altamente treinadas, se não houver uma busca pela eficiência nos resultados, todo acúmulo não passará de potência de potência. Será apenas um passatempo que gera lucro. No entanto, o prazer em se ocupar de uma responsabilidade que exige excelência, deixará em segundo plano os desejos ambiciosos por dinheiro e poder.

Não queremos que interpretem nem concluam isso como uma negação, pois não estamos descartando a importância dessas realizações. Muitos podem entender mal o assunto desse tratado, uma vez que ressaltamos a importância do pouco material disponível em seu todo referente ao tratado com os marginalizados. Estamos usando alguns princípios aplicados em grandes empresas e organizações, somando a experiência adquirida e as diretrizes conquistadas aos idos de trabalho e fundamentos bíblicos. Isso será útil e proveitoso para aqueles que não pensam em seu ego ambicioso e têm voltado suas preocupações para causa da humanidade. Esse é o outro lado do aspecto do prazer; para o homem de entendimento claro, explorador de seu progresso a cada passo. Esse não vê em um novo descobrimento um feito heróico, mas algo apropriado para ser usado visando o bem da humanidade carente de bons líderes resolutos pela causa do marginalizado. Não estamos aqui libertando o gênio adormecido da liderança, o mito do grande líder, mas convocando todos para saber sobre valores reais dos líderes exonerados pelas mentecaptas teorias determinadoras da ocupação das funções.

Queremos, com isso, honestamente dizer que precisamos das considerações daqueles que pela aprendizagem e cultivo fizeram uso da verdade sobre liderança. Só existe um esclarecimento claro, julgue o leitor por si mesmo, como de fato não vemos o líder como o “Homem”, mas o homem! Não o homem leão, mas sim aquele homem gafanhoto. Sua liderança jamais deve ser centralizada tão somente de acordo com o pensamento e orientação do “estudo do mito do grande líder”. Neste ponto, deixa de ser importante muita coisa. Não mais “Aquiles”, a guerra é vencida pelo exército, a flecha da misericordiosa é o golpe fatal em seu calcanhar. A capacidade é de todos, ela não é determinada pelas habilidades desenvolvidas em certas funções de chefia. E quem acredita ser símbolo de verdadeira liderança o sucesso?

Pragmáticas e estúpidas são as interpretações mesquinhas do mito do grande líder, pois ele não se preocupa com os detalhes, como as coisas estão sendo feitas. O maquiavélico não analisa mais os meios, e sim os fins. Agora isso concebe os grandes espíritos da Liderança?

O time perdedor não tem mais um bom técnico, pois a avaliação é unilateral. Apenas os que conquistam são bons, são líderes dotados de capacidade genial. Se a empresa ou organização não crescer, a deficiência está no homem da coordenação. Esse suportará a dor e castigo das teorias apontadoras de seus erros e julgará sua incompetência para o cargo. Mas estamos seguros de nossas afirmações. Todos os seres humanos são dotados de capacidade de liderança, segundo a bíblia ( Gn 1;26, Sl 8.4-8 Gn 2.15-16, Gn 9.1-3).

Certamente, ficaremos com o fundamento bíblico de domínio, administração e liderança. Não usaremos de nosso tempo e da boa oportunidade de refletir sobre laboratórios de preparação de líderes.

As influências do fator social, cultural, familiar e problemas relativos a acontecimentos de infância que a psicologia, sociologia e filosofia ficam por nós autorizadas a darem melhores explicações. Essas ciências responderão as perguntas por si mesmas, o tratado do assunto já encontramos escrito. Para centralizarmos nosso raciocínio, mencionaremos nossas abordagens, mas antes citaremos algumas concepções que nos levam a idealizar a figura do líder “mitológico”, e, honestamente, gostaríamos de que essas perguntas fossem respondidas sem nenhum objeto de favoritismo ou manipulação. Logo, escreveremos uma série de características que conceituam em definições relativas o líder, e o que é liderança. Mas, antes, queremos ressaltar que não existe nenhuma definição absoluta de liderança, mas uma semelhança de idéias que se esbarram no ser humano de modo geral e isso por si é uma defesa inquestionável do nosso pensamento. Observe, no tribunal de julgamento do mito do líder solitário, seu golpe de misericórdia. Essa exposição de características é uma pesquisa vasta das melhores definições.


· Liderança e líder têm a ver com: inspiração, propósito, esperança, influência, disposição, motivação, mudança, eficiência, administração, capacidade, confiança, caráter, percepção ou visão, objetivos, idéias, responsabilidade, conhecimento, sentimentos, autoridade, poder, estruturalismo, educação, etc.

Para sermos cautelosos, não existe algo melhor que o bom senso como árbitro. Somos difíceis de nos satisfazermos, mas, talvez, a maioria de nós esteja enganada a respeito disso, pois não temos a direção clara do que nos referimos. O importante não é a definição certa, mas o exercício eficiente da liderança, essa é a necessidade mais urgente para o reino de Deus.

Com certeza, não nos sentiremos ofendidos ou prejudicados, pois também estamos sujeitos ao erro. Nossa crítica, de maneira alguma, mudará aquilo que a bíblia tem a dizer sobre liderança. Estamos convictos, pois ela é a bússola pela qual somos guiados a todos os caminhos. Então, desconsideraremos o fracasso desse tratado baseado em opiniões alheias, mas consideraremos seu fracasso baseado em nossa própria exploração do material de pesquisa e do uso dos fundamentos oferecidos por ele, pois podemos ser infelizes em não usá-los corretamente, como é o caso de muitos que não fogem às nossas duras críticas pela “adulteração dos valores bíblicos”.

Se neste trabalho for achado algo novo possivelmente aproveitável, façam bom uso, porém, se não existir nada que possa ser útil e instrutivo, continue trilhando o seu caminho, porque ele é seguro, pois estaremos corroborando os princípios utilizados no ministério com marginalizados.

Os objetivos desse trabalho não são para os dominadores do assunto, mas para aqueles que militam em terra árdua sem muitos resultados e, por vezes, são duramente reprovados quando precisam apenas de ajuda. Nossa intenção é atingir o ministério local e equipar aqueles soldados do campo de batalha que em suas dificuldades não acharam ainda algo suficiente para serem cada vez melhores.

A razão é de todos, logo, o julgamento também. A diversidade de pensamentos sobre liderança é para melhorar nossa eficiência e não para fazer alguém melhor ou mais inteligente sobre a questão. Essa soma de informações e princípios só nos abasta. Pensamos que tudo nessa vida é insuficiente, enquanto tivermos problemas para resolver e conceitos não aplicados em vários contextos da humanidade. Supomos não propor nada demasiadamente melhor ou mais perfeito do que já foi pensado por outros sobre liderança com os excluídos, estamos apenas colocando à disposição algo para ser mais bem aproveitado por aqueles que não puderam servir-se dos materiais disponíveis, por não se encaixarem em seu estilo de ministério.

Depois de ter feito aquela exposição das características, qualificando as pessoas como líderes, queremos de imediato deixar as questões que nos fizeram pensar incessantemente e com firmeza sobre a razão de todos nós, seres humanos, feitos à imagem e semelhança de Deus e, por temos recebido um mandato direto do criador, podemos e possuímos a famosa “vocação, chamado, dom, perfil”.

Colocamos duas questões. Primeiro, por que algumas pessoas conseguem desenvolver mais algumas habilidades e outras menos? Além disso, por que alguns líderes se comunicam melhor, motivam mais as pessoas, têm mais queda para responsabilidade e realização de tarefas?

É obvio que isso tem a ver com a influência da ordem dos fatores do grupo social e cultural.

· Fatores Sociais: parentesco, grupos lingüísticos étnicos de nacionalidade, proximidade territorial (grupos de vizinhança), o Estado, grupos ocupacionais, grupos econômicos, grupos religiosos, grupos políticos, grupos científicos, filosóficos, estéticos, educacionais, recreacionais, éticos e outros grupos “ideológicos”, grupo nominal de elite: grandes líderes, homens de gênio e personalidades históricas, família, clã, tribo, nação, casta, burguesia, o clero, trabalhadores, classe social.

· Os vastos sistemas culturais básicos que influenciam o líder: a linguagem e ciência, a Filosofia e a religião, Belas Artes, a ética, o direito e os vastos sistemas derivados, tecnologia, economia, política, além das limitações - deficiências físicas e mentais -,fatores biossociais: (raça; sexo; valores da idade), problemas emocionais, psicológicos, problemas relativos ao sexo e a sexualidade podem influenciar.

Não recearemos dizer nossa formulação sobre conceito de liderança na bíblia, embora não possamos determinar as máximas dessas citações acima, mas fica a cargo das ciências voltadas para esclarecimento científico dessas questões: ciências sociais, filosofia, psicologia, entre outras, para nós não nos aventurarmos em dizer e fornecer aquilo que não estamos hábeis, porém, nosso propósito é mostrar nossos esforços para conduzir nossos conceitos ao método que é seguro e pode ser aplicado na preparação e aperfeiçoamento de líderes, fundamentado na bíblia, pois muito ela tem a dizer sobre liderança, não em uma fórmula ou teoria de “formação de liderança” idealizada que não tenha sido prática e funcional.

Não queremos desqualificar ninguém, nem daremos menor importância ao potencial depositado por Deus em cada indivíduo, muito pelo contrário. Cada um com a superação dos seus problemas, pode tornar o que se é: Líder!

Se formos criados com capacidade de liderar, por que uns são liderados e nunca aprendem a liderar? Por que alguns líderes necessitam usar autoridade e têm dificuldade de exercê-la quando é preciso? Nossa dificuldade está em não termos entendimento daquilo que o líder deveria ser, nem daquilo que ele se tornou pelas influências da cultura, do meio, doutrina religiosa e situação econômica.

Uma criança instruída em uma boa conduta exercerá mais favor em uma função que exige esforço e disposição para praticá-la, em relação a uma criança que não teve nenhum progresso instrutivo para colocá-la em evidência. “Ninguém nasce líder, se torna líder!”. Ouvimos muito essa afirmação, porém ela merece descrédito, pois é irrelevante para quem absorveu o caráter de liderança e administração baseado em fundamentos bíblicos. A afirmação central bíblica sobre liderança é que todos nós fomos feitos para liderança. Com isso, queremos dizer que nos preparamos para a posição, aprendendo a aplicação do conhecimento da área de atuação (Gn 1: 26, Gn 2:15, Gn Sl 8:4;6).

Precisamos suprir e reforçar as áreas não desenvolvidas e ainda mais aquelas habilidades que se desapontaram muito pelas influências do meio social, cultural, econômico, intelectual, etc. A resolução do centro da gravidade constitui na especialização de conhecimento dos fatores externos e da reconstrução interna daquilo perdido por nós devido ao meio e a outras ações prejudiciais ao espírito humano.

O primeiro resultado exposto aqui, utilizando grupos excluídos, mostra o necessário para um progresso sucessivo em liderança. O uso desse projeto fica a critério daqueles aptos a apresentar bons exemplos de como as coisas funcionam. O segundo ponto ressaltado será da vital necessidade do líder ter ciência da importância de conservação desses princípios para entendimento a respeito da causa funcional da instituição envolvida com marginalizados, e também empresas e outras organizações.

Observemos alguns princípios:

· Ampliar a visão de estabelecimento da estrutura organizacional e de sua liderança.

· Treinar a influência interpessoal, mas andar junto com a filosofia empresarial ou da instituição.

· Desenvolver a comunicação aberta e clara com seus subordinados.

· Capacitar a disponibilidade para ouvir e capacidade para dialogar, aceitando os outros como capazes de atingir padrões de excelência.

· Cultivar a solidariedade, transparência, honestidade e participação na resolução de problemas e tomadas de decisões.

· Praticar a coerência entre o que se diz e o que se faz e confrontação direta com a causa.

· Desenvolver a capacidade de resolver conflitos, de ter compreensão e acordo mútuo.

· Treinar a capacidade de observação e interação com as pessoas.

· Não deixar que o preconceito influencie seus relacionamentos negativamente.

· Atualizar-se sempre em sua área específica a fim de lapidar sua competência e de ser objetivo.

· Boa comunicação verbal e corporal, aprender pela experiência, aceitar as críticas e feedback.

· Ser fiel para inspirar confiança e motivar as pessoas; ter participação.

· Trabalhar e sempre manter bem sua auto-estima.

· Estudar e exercer o ser ético.

Contudo, devido aos costumes e fatores sociais, os fundamentos oferecidos por nós precisam ser mais bem avaliados e desenvolvidos com os cuidados dos extremos, antes de serem aplicados em cada contexto. Embora sejam suficientemente firmes, em nosso crédito é algo incontestável. Todos estejam cientes da necessidade de seguir opiniões, elas realçam as veredas da lucidez e moldam desempenhos satisfatórios nas organizações e vidas dos indivíduos. Algumas pessoas têm o pensamento americanizado, pois imaginam que tudo feito e aprendido nos Estados Unidos é a resposta para as crises de liderança mundial. Devemos ignorar essas falácias astutas por serem absurdas.

Com efeito, as verdades relevantes serão fonte de inspirarão e podem lançar luz em muitos cérebros que têm produzido muito à sociedade e não receberam as credenciais do reconhecimento humano por serem desbravadores em um campo quase esquecido.

Cremos na possibilidade por meio de estímulo. Com isso, muitos se ocupem de suas responsabilidades e as vejam como sendo oportunidades de construção de um novo tempo. As palavras escritas por nós serão agregadas à praticidade; a execução das atividades representa melhor a essência do líder em relação às múltiplas qualidades apresentadas por ele. Muitos possuem títulos, perfil, características, qualidades e cargos, outros agem de acordo com eles sem possuí-los.

Nessa abordagem, não estamos insinuando algo no sentido circunstancial e imediato das fadas que pela leitura a concepção de líder é gerada em seu interior. Isso é mágico, poético, ilusório, porém, a causa é mais nobre, requer tempo e disposição para inserção dos valores no espírito. Não apresentamos mais uma tese ou dissertação tipo “caçador” de liderança, pois ninguém fará de você um líder, de outro modo fará você um líder melhor.

Todo significado-valor-norma sobreposto a um fenômeno físico ou biológico modifica lhe radicalmente a natureza sócio-cultural. Um valor religioso sobreposto a uma varinha (churinga) a transforma num totem sagrado. Quando um pedaço de pano seguro a um haste sagrado se converte em bandeira nacional, passa ser um objeto pelo qual se sacrificam vidas. Quando um organismo valetudinário é proclamado, monarca, papa, bispo ou sacerdote de modo geral, torna-se uma poderosa, soberana e sacrossanta “ Majestade” ou “ Santidade”. Quando esses mesmos monarcas e sacerdotes, permanecendo inalterados os seus organismos, são despojados de seu significado–valor sócio-cultural. Quando “depostos” ou “derrubados” o seu poder, prestígio função, “mito social”, posição, qualidades e personalidade mudam fundamentalmente. De “Majestade” e “Santidade” transforma-se em prescritos desprezados e detestados. (Pitirim, A, p. 21)

Nesse tempo, no qual sofremos as fortes pressões sociais e culturais, nossa liderança está despersonalizada em conseqüência do imediatismo, pois ele força uma liderança apenas por treinamento, e aprova o indivíduo não pela essência, mas pelo brilho mais destacado de sua personalidade e reprova muitos por falta de apresentação das lacunas desenhadas pelos idealizadores das teorias de liderança baseadas em características e não no Ser.

Temos observado dois pólos: o de análise da liderança e o de análise da história da liderança. Em todo tempo, as virtudes e princípios que fizeram um pastor de ovelhas o melhor líder de uma nação – como no caso de Davi, o rei de Israel (1Sm 15) – são os mesmos e estampam em nós a figura do “modelo”. Também, os desvios de caráter e imoralidades fizeram péssimos líderes de muitas nações, e os fazem até hoje (Adolf Hitler, na Alemanha e Roboão e Joroboão, conforme mostra o livro de Juízes 12.1-34).

Então, vamos impor nosso empenho para promover a libertação do homem do “Modelo cosmológico” e voltar nossa atenção para simples princípios de regência da vida de todo ser humano. Com a queda do “Modelo cosmológico” é chegada a hora da micro-liderança do exercício pela competência aprimorada. Será uma tarefa de superação de uma filosofia antológica muito predominante, devido ao sistema de abordagem ditadora e do nível de consciência dos líderes diante da problematização causada pelo contexto existencialista vazio da Sociedade.

A idéia que as pessoas têm sobre liderança reflete os valores e as preocupações mais gerais de sua época. Toda geração se rebela não apenas contra determinados líderes, mas também contra o próprio estilo de liderança por eles adotada. Atualmente, estamos reagindo ao estilo ‘patriarcal’ de liderança que levou pessoas, não coincidentemente do sexo masculino, a comandar as grandes organizações militares da Segunda Guerra Mundial e, dali em diante, a conduzir as grandes organizações industriais que vieram a dominar o período da Guerra Fria. (Drucker,1996)

1.5. Fundamentos bíblicos para uma liderança transformadora

Com a ilustração de alguns fundamentos, demonstraremos por meio de algumas razões bíblicas, a possibilidade para tirarmos proveito de simples princípios utilizados por Jesus e pelos líderes da era cristã, a fim de aprimorar o caráter, as virtudes, e a integridade moral das pessoas.

· O temor a Deus é o princípio da sabedoria para liderar (Pv 1:2,29, Sl 33: 18, Sl 34:9)

· Ter compaixão pelas pessoas diante do seu sofrimento (Mt: 9:36, Mc 6:33, Mc 1:41)

· Princípio de autoridade e poder: reconhecer a necessidade da autoridade para liderar, e ter a consciência da delegação dela por Deus (Jo 19:11, Rm 13:1, 1Pe 2;3)

· As pessoas sejam amadas e as coisas administradas; para não perdermos as coisas e sermos odiado pelas pessoas (1 Cr 13:2, Rm 13:9, Lc 16:10, Mt 25 14-30, 1 Jo 3 15-18)

· Ser reconhecido como líder mais pelo que é, não só por aquilo que faz (Mt: 3:17, Jo 5:31, Mc 8:29)

· Comunicar a visão, gerar confiança e comprometimento com a visão (Mt 4:19, Mc 16:15-17, Jo 4: 34-38)

· Ser agentes de mudanças e ter bom senso de oportunismo por meio de visão estratégica. (Jo 6:1-15, Mc 9:38-41, Lc 18:15-17)

· Ter visão voltada para as pessoas comprometidas, não para promoção de suas necessidades pessoais e status social. (Jo 17:12-21, Jo 15:15-16)

· Compreensão da missão, e valorização da contribuição de cada um na realização dos objetivos. ( Lc 9:1-2, Mt 9:37, Mc 9:40-41)

· Cultivar sempre a humildade e brandura (Mt 11:28-30, Fl 2:8).

Muito dos nossos antepassados escreveram sobre liderança e, somando ao que temos de melhor disponível hoje, tem constituído algo representativo. Esse assunto consiste condensado em uma herança de equívocos e sucessos e continua sendo um assunto muito procurado por causa das crises enfrentadas no universo da liderança. Teremos menos dificuldades se analisarmos as coisas escritas por nós como proposta para excelência. Dessa maneira, evitaremos graves erros, pois não andamos preocupados mais com as virtudes, ética, moral, integridade ou coisas semelhantes. Com tantas deteriorações desventuradas, deslocamos a relevância bíblica para centralizar o fundamento para o líder em palhas teóricas. Estamos focalizados em características e personalidades, e não nas virtudes ressaltadas por ela. Veja abaixo alguns critérios de avaliação sobre a figura do líder pós-moderno:

· Ser responsável;

· Ser vigoroso e persistente na consecução de objetivos;

· Ter espírito empreendedor;

· Ser autoconfiante;

· Saber tomar decisões;

· Ter capacidade de influenciar o comportamento das pessoas;

· Possuir conteúdo intelectual;

· Ter bom temperamento;

· Ter pensamento lógico;

· Ser Sugestivo;

· Desenvolver a persuasão;

· Ter bons hábitos;

· Ser inspirador.

Os requisitos acima atuam como condução massificadora de líderes para organizações responsáveis pela conservação dos direitos e privilégios importantes para o bem-estar da maioria das pessoas . Não descartaremos as características e qualidades, muito pelo contrário , quando o centro da atenção fiel se deslocar para o lugar correto da essência e das virtudes morais, essas características se tornam mais evidentes e manifestas e as personalidades perdem um pouco do valor “inestimável”. Isso pode acarretar perigo à própria pessoa, ou instituição, ela poderá sofrer sérias conseqüências de desabamento inevitável do conjunto de aspectos negativos do caráter do líder, isso se tornará perceptível, sem nenhum escrúpulo, se essa proposição utilizada como critério de “descoberta de liderança” continuar sendo introduzida em nosso espírito juntamente com a visão da “sanguessuga super-líder” (liderança criada às custas dos esforços alheios), ficaremos desconectados do fundamento que dá equilíbrio ao sentido do objeto.

CAPÍTULO III

PREPARAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE LÍDERES NA ESCOLA DE JESUS CRISTO

A preparação e o aperfeiçoamento de líderes na escola de Cristo são duas coisas fascinantes. Jesus sabia do potencial existente dentro de cada um dos apóstolos. Havia um líder adormecido pelas anestesias do sistema regente que predominava com pressões sobre as estruturas que governam o potencial criativo e inteligente do ser humano.

Como já frisamos, dentro de cada indivíduo existe o líder. A preparação e aperfeiçoamento é a chave mestra para liberar o “gênio adormecido”. Agora façamos uma exposição detalhada com o objetivo de unificar em um todo a questão relacionada à liderança, até mesmo porque somos objetos do apontamento dessas teorias do Grande líder. Vemos-nos na obrigação de contrariar, com toda oposição possível, a visão de liderança que, embora concorde com a importância do aperfeiçoamento, está em desacordo com a concepção bíblica de todo ser humano ter capacidade, dons, habilidades dadas pelo Criador para liderar.

Jesus Cristo estava ciente disso, por isso aplicou sua pedagogia e metodologia de ensino com intuito de aprimorar seus apóstolos. Quem teria a coragem e o infortúnio mesquinho de afirmar não serem aqueles homens líderes? Porém, eles precisavam do aperfeiçoamento para se tornarem líderes melhores. Embora já fossem líderes por força da graça divina, Deus assim os fez pelos dotes de sua criação. Jesus em todo tempo foi um exemplo da admiração de seus seguidores, suas atitudes e manifestações inspiravam a vida daqueles simples homens os quais se tornaram líderes do movimento cristão no Império Romano. Essa necessidade de preparação e aperfeiçoamento é indispensável para gerar a excelência na liderança, nas organizações e entidades envolvidas com o ser humano.

A vocação é de todos; trilhar os caminhos é do homem de grande espírito, eles e elas enfrentam os desafios da vida para influenciar as pessoas. Esse é o fim último. O líder se transforma em uma questão de utilidade necessária, subentendo que é um referencial de valor essencial, categoricamente em si deve ser. Não é um agente provisório de um tempo. O homem morre e o líder fica! Seu exemplo fica como uma mediação entre o tempo e os ocupantes das funções, como no caso da igreja cristã e das outras religiões produtoras de liderança influente. As referências deixadas por esses líderes são suscetíveis de conduzir o rebanho, pois deixaram as substâncias plenas que têm o conteúdo absoluto para enriquecê-los dos fins morais para continuarem triunfando.

1. Quebrando paradigmas

A superação das incertezas dos alunos de Jesus não poderia resultar sem suas correções com o fim de tentar fazer daqueles homens pessoas úteis para realização de propósitos, nas ruínas do mundo daquele tempo. Não seria possível a utilização dos apóstolos escolhidos para trilhar os caminhos da verdade, se as velhas muralhas das mazelas religiosas e políticas não fossem destruídas em suas mentes, para eles verem as coisas por outro prisma.

Embora eles fossem homens com uma cultura religiosa e estilo de vida próprio, precisavam começar tudo de novo, conhecer o novo ponto de partida indicado pelo mestre. Era necessário aprenderem da fonte, alimentarem-se dos fortes argumentos divinos de uma visão que os conduzia às certezas de uma vida futura calçada nas promessas do libertador de Israel. O legítimo estava ali para ser apalpado e provado; era a regra final. Seus ensinos os desgarravam do labirinto perdido das incertezas. Ele veio para abrir as vertentes teológicas antes ocultas (Lc 10:21-22), e orientou todos para a verdade permanente que é o Deus encarnado. Ele é a via segura, fecunda e irretorquível, demonstrando a límpida crença que diz ser a humanidade cheia de fatores pessoais, sociais e culturais levianos. Jesus mostrou-lhes a doença da humanidade enclausurada nas superstições frívolas e enaltecendo o fanatismo religioso, não podendo atingir a verdade a partir dessas idéias carentes de sustentação. Porém, ele mesmo é a própria verdade e solução enviado para nos socorrer (Jo 14:6).

Paradigmas precisavam ser quebrados. A renúncia de aprendizes da velha religião era um bem necessário na vida dos discípulos. A nova solução para os problemas que a liderança religiosa e política de Israel não estava conseguindo resolver. Ele era a expectativa viva para o decadente problema espiritual e social da nação, pois não amenizavam as dores dos pobres e doentes. Os velhos paradigmas e valores da moral impregnados pelas doutrinas da lei não eram o fim em si mesmo; não eram suficientes, nem podiam justificar e imprimir na alma humana o caráter de Deus.

Jesus veio para encarnar o líder não feito pelos dotes aristocráticos, nem concebido de tradição familiar, tampouco era aquele que, aparentemente, tinha as qualificações para criar um movimento para influenciar toda história da humanidade ( Zc 9:9, Mt 1:18-25, Is 52:13-15, Is 53:1-12).

Muitos paradigmas afetavam a vida dos apóstolos no sentido de conceito de líder. Observe alguns desses paradigmas que foram quebrados na mente dos apóstolos:

· O messias veio pobre e humilde ( Zc 9:9, Mt 2:11, Jo 7: 15): Israel esperava um rei glorioso ( Jo 18:33, Jô 19:12, 19:16)

· Cristo o líder servo dos liderados (Jo13:1-10, Mt 20:28): para os discípulos, o líder deve ser servido não servir (Lc22:26-27, Mt 20: 25-27, Mc 9: 35)

· Uso correto de autoridade e poder (Mt 26:53, Mc 9:39-40, Mt 4:3): observamos o entendimento de abuso de autoridade e poder ( Mc 9:38, Mt 26:52, Mt 10, Lc 9:54)

· Centralização e descentralização ( Mt 10:1, Mt 11:11): Concepção do super líder do VT ( Êx 18:13, Jz 15:20, Jz 12:13-14)

Muito deixaremos de apontar sobre quebra de paradigma no ministério de Jesus. Mas não será descartado em nova oportunidade, pois as regras mortas inclausuradoras não impedirão a pesquisa, podendo ser objeto de análise de estudo posterior, e não existe motivo algum para não aplicarmos esses princípios em nossa liderança. A argumentação é voltada para demonstração daquilo que Jesus utilizou para revelar aos discípulos um novo caráter e uma percepção diferente do padrão esperado do messias libertador.

Em Cristo, eles se defrontam com outra referência de liderança que confrontava as paixões e ambições nas quais os homens estão inclinados. Os critérios de Cristo distinguem dos princípios criadores das expectativas de orgulho próprio. Uma contraposição às regras que entrelaçam o tecido enaltecido dos líderes do laboratório do século XXI. As antigas vaidades do espírito humano continuam frescas e a ignorância confessa hoje que indivíduos como os apóstolos não podem ser líderes, pois se encontram aprisionados por um mísero conteúdo de informações drásticas. Contra essa perspicácia falaciosa propomos os princípios de avaliação. Não é uma regra geral, mas leva em conta vários fatores já mencionados, e não voltaremos comentar, pois seria subestimar o bom senso daqueles que pensam em linha lógica com nosso raciocínio.

2. O processo de mudança e desenvolvimento da liderança rumo aos objetivos ministeriais.

Todo crescimento sadio é gradativo. Cada um de nós admitirá as evidências resolutas para tomarmos caminhos retos e persistentes no objetivo da conquista, lutando passo a passo, para alcançarmos o destino desejado. Aqueles espíritos ambiciosos dos atalhos não querem enfrentar o duro processo, apenas sonham com o que poderiam ter feito, caso tivessem avançado prontamente para linha de chegada.

Podemos observar uma distinção na história dos seguidores de Jesus: há aqueles que permaneceram entre as dificuldades e situações causadoras de desordens em suas mentes e agitamento de suas paixões mais profundas, das quais nós também temos consciência; e outros indeterminados que não puderam transpor suas paixões por uma viva experiência de liderança, esses nunca terão seu lugar na história da humanidade (Jo 6: 66-68).

De acordo com o contexto do evangelho de João (6: 27), vemos Jesus insatisfeito com sua “empresa”. Havia muitos trabalhadores e ele resolveu mudar as coisas nela. As pessoas não estavam trabalhando dentro de suas perspectivas para o desenvolvimento da liderança rumo aos objetivos da “companhia”, pois estavam voltadas para as coisas perecíveis. Ele estava introspectivamente visando a dimensão e expansão de seu ministério, por isso começou a desenvolver o processo de mudança para a busca da excelência na obra do reino de Deus. Seus seguidores cheios de artimanhas mesquinhas inclinadas para ambições egoístas precisavam ter objetivos claros e mudanças radicais.

As atitudes do mestre da liderança em relação as mudanças e objetivos aponta nossa necessidade de coragem para execução de atos dignos de confiança para definição dos caminhos de nossas organizações. Devemos buscar as mudanças e procurar desenvolver os métodos, a estrutura organizacional, as normas, o projeto de trabalho, o planejamento esquematizado, os padrões de comunicação, as práticas de controle e os equipamentos utilizados para o trabalho. Antes de começarmos uma mudança, precisamos diagnosticar a situação, planejar a mudança, programar e avaliar todo processo. Segundo Paul R. Lawrence, “sinais de resistência em uma organização social são úteis da mesma forma que a dor é útil para o corpo, como um sinal de que as funções corporais estão fora de forma”. Pesquisa de John kotter e Leonard Shlesingner, afirmam as quatro causas mais comuns de resistência:

1. má compreensão e falta de confiança;

2. avaliações diferentes;

3 baixa tolerância às mudanças;

4. egoísmo provinciano.

Nas considerações abaixo, existe uma relação de idéias baseadas nos fatos ocorridos no evangelho de João (6: 1-71). Trata-se de algo considerável, de uma circunstância pela qual temos uma percepção nítida de que Jesus processou evidentemente uma mudança radical em seu ministério. Elas foram expostas para registrar, em nossa memória, a maneira eficiente de como podemos agir em algumas situações estratégicas, na qual veremos as coisas tenderem para direção melhor. Todo nosso raciocínio fundamenta-se nos fatos. Isso pode trazer efeito na aplicação prática de uma organização ou liderança que atua constantemente em situação precária, por não ter uma constituição sólida recomendável para desenvolvimento e mudanças resolutas para objetivos reais. Podemos pensar nas perguntas elaboradas cuidadosamente e os princípios que podem ser aplicados:

· Qual o objetivo dessas mudanças? Não são por motivos egoístas? Elas respeitam as conseqüências e prejuízos alheios?

· Quem serão as pessoas favorecidas com o processo de mudança? Existem indivíduos que colaboraram muito no passado? E agora não se encaixarão mais nos novos planos, embora tenham mais experiência em relação aos novos contratados para fazer o que eles faziam?

· As pessoas têm uma boa compreensão do que pretendemos fazer e como iremos fazer?

· Existem mais avaliações positivas ou negativas sobre o processo de mudanças?

· Se as pessoas agem com desconfiança, talvez seja porque algumas coisas não foram esclarecidas; elas precisam ser passadas a limpo, para que elas aceitem o processo de mudança. Você tem deixado as coisas bem claras?

· Você tem trabalhado visando em primeiro plano à realização de objetivos mais duradouros e não a conquista daquilo que será consumido com o tempo, que não provê a certeza do futuro?

· Precisamos ter consciência do que estamos fazendo, para depois buscarmos os meios mais adequados para executarmos o processo. Você tem consciência clara daquilo que está fazendo atualmente?

· Ter noção daquilo que será feito e ao mesmo tempo entender que muitas coisas serão realizadas de maneira diferente de outras épocas. Você está preparado para isso?

· As pessoas precisam saber que as conquistas são para maximização da organização, e isso acarretará um fim proveitoso como reflexo em suas vidas. As recompensas têm trazido o crescimento da organização na vida das pessoas?

· Desenvolver a confiança dentro do processo de mudança é importante para que as pessoas continuem acreditando em nossa palavra por meio de nossos atos, pois eles virão antes das palavras, para que o processo não seja interrompido. Ganhar a confiança é difícil, mantê-la mais ainda. Os teus atos têm levado as pessoas acreditarem em suas palavras?

· Precisamos ser claros em nossas pretensões, mesmo sabendo que será motivo de murmúrios por parte de alguns, porém, todos devem estar cientes dos acontecimentos, conseqüências e prejuízos que poderão derivar, caso a coisa não se regule conforme o planejado. Você está pronto para ouvir reclamações?

· As vantagens também devem ser expostas a todos, assim poderão saber que as mudanças visam mais lucros e o desenvolvimento representa permanência nos cargos. Se sua organização crescer, ela preservará os mesmos líderes? Ou isso forçará a contratação de um corpo mais capacitado em relação aos que geraram os lucros iniciais?

Essas perguntas elaboradas com cuidado têm vital importância para implantação das mudanças e são opções expostas para as organizações que palmilham persistentes na consecução de novos objetivos. Acreditamos naqueles de respostas honestas e precisas das questões elaboradas, isso determinará a qualificação do tal líder e transparecerá expressamente quem as pessoas estão seguindo.

3. Estratégia de Combate às Resistências e as Mudanças de Planos na Vida dos Apóstolos.

O espírito humano libera seus instintos negativos mais decadentes quando seus gostos são reprovados ou são feridos ao agimos contra suas vontades. O gênero humano faz isso por todo o percurso da história que compõe a sinfonia cega das nossas vaidades. Jesus é o que é, não só porque nasceu homem-Deus, mas porque existem motivos para ser quem ele é. A preponderância de sua pessoa sobre o coletivo apostólico que resistia com veemência períodos decisivos em seu ministério é uma prova incontestável de que Jesus foi também um grande estrategista.

Em alguns momentos, se não lançarmos mãos de estratégias de combate às resistências, muito de nossa utopia pode virar pesadelo. Por trás de suas simples atitudes, percebemos o quanto ele era bom no que fazia. Não existe lugar para coincidências, tudo estava entrelaçado ao seu plano de empreendimento. Não vemos em Jesus nada ingenuamente praticado. Quem em simplicidade é tão crítico e analítico em relação às situações enfrentadas? Sem reflexão, não cairia rapidamente nas armadilhas do labirinto infernal da lógica sempre pronta para nos colocar em condição de réu?

Partindo do ponto de vista de um momento de muita resistência e de controvérsias dos liderados de Jesus Cristo ao que ele estava para fazer, mencionaremos algumas estratégias de combate às resistências e às mudanças de planos idealizados por nós, para aplicarmos como antídoto de proteção as realizações que as pessoas querem frustrar a qualquer gosto.

A palavra estratégia significa, literalmente, “arte do general”, derivando-se da palavra grega strategos, que significa, estritamente, general. Estrategista, na Grécia Antiga, significa “aquilo que o general fez”. Antes de Napoleão, estratégia significava a Arte e a ciência de conduzir forças militares para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados das derrotas. Na época de Napoleão, a palavra estratégia estendeu-se aos movimentos políticos e econômicos visando melhores mudanças para vitória militar (Steiner, 1969:237 apud Pinho, 2003). Na organização, estratégia é uso dos recursos pela liderança e está relacionada à arte de utilizar adequadamente aquilo que tem disponível (recursos humanos, físicos, e financeiros com intuito de amenizar os problemas e de concretizar as oportunidades).

Observe alguns tipos de estratégias:

· Estratégia de sobrevivência: essa é usada quando a situação está caótica, quando as situações estão complicando a organização e afetando a liderança.

· Estratégia de manutenção: quando existem problemas reais, mas podemos contornar as coisas, estamos cientes da situação e sabemos nossas possibilidades de sanar os danos causados pelos acontecimentos.

· Estratégia de especialização: aquela feita para manter a liderança baseada em esforços concentrados para expansão.

· Estratégia de crescimento ou desenvolvimento: aquela cuja liderança se empenha para o crescimento daquilo que está querendo fazer.

· Estratégia de combate às resistências: é aquela planejada pelo estrategista a fim de derrubar as muralhas construídas pelas pessoas envolvidas no ministério, organizações e empresas que rejeitam a implantação de novas idéias e projetos.

Como referência e análise de estratégia de combate às resistências, exploraremos o texto prático do evangelho de João ( Jo 11:1-19).

Recursos que podemos usar para combater resistências:

· Educação e comunicação é uma estratégia essencial. Aplica-se quando há falta de dados ou análise de dados imprecisos (Jo 11: 9-11-17);

· Coerção explícita e implícita: coloque a mudança com urgência, e mostre a necessidade de colocá-la em prática rapidamente para que os problemas não piorem. ( Jo 11: 11-14);

· Facilite as coisas e busque apoio em outros, isso quando as pessoas resistem por falta de ajustes ( Jo 11:12-14);

· Coloque as pessoas no plano e utilize as opiniões ou dados passíveis de serem incluídos. ( Jo 11: 7-8);

· É sempre bom abordar claramente o problema e a necessidade de ação para resolvê-lo;

· A manipulação da situação é uma tática boa, mas perigosa, quando as pessoas se sentem manipuladas nas situações (Jo 11:11);

· Você tenta implementar as coisas; use o tempo como uma arma de combate a resistência ( Jo 11: 6);

· Caso as pessoas duvidem da existência dos problemas, mostre onde eles estão, para que você ganhe credibilidade e facilite o processo (Jo 11:15).

Depois dos princípios de combate às resistências serem estabelecidos não almejamos colocar por terra as convicções apresentadas em outras reflexões de liderança. Porém, esclarecemos que foram escritos para afastar os contratempos de espírito no cargo de nossas funções, e que representam mais favor e riqueza por estarem de acordo com as ações do modelo fiel de líder.

Não queremos ser motivo de contenda e críticas por uma implantação de algo com prudência. Estamos voltados para o adestramento da liderança, no uso do nosso direito, aplicamos isso para revigorar o líder e para uma rejeição por meio desse alcance estabelecido de todo uso incorreto ou desconhecimento de técnicas de combate às resistências. Se as mudanças acontecerem, provavelmente obteremos a vitória sobre a nefasta situação, por meio da penetração do conhecimento adquirido nos caminhos que palmilhávamos sem obtenção de resultados, na complexidade do que estamos fazendo.

Cremos na melhor forma de demonstração das coisas sólidas, através do experimento prático, não apenas nos desígnios de investigação, pesquisa e especulação sobre específicas áreas das dificuldades e ações humanas. Essas fontes deixam de ser proveitosas por causa da complexidade das abordagens, então nos voltaremos para simplicidade apresentada.

4. Formação de equipes: seria Jesus um grande líder sem a formação de uma equipe competente de trabalho no ministério?

Quando conhecermos nossa própria força e energia para trabalhar, saberemos melhor o que deveremos fazer para produzir mais. Desta forma, nos intentos de seu êxito, Jesus resolveu formar sua equipe para abranger os resultados no ministério.

Muitas coisas se encontram fora de nosso alcance. A conquista delas depende da utilização das pessoas para fazer aquilo que não somos capazes. Isso serve para ensinar maneiras corretas da força da comunidade e mostrando ser a cautela indispensável, quando estamos envolvidos em realizações, além de nossas habilidades e compreensão.

Nem tudo é alcançável pela nossa suficiência, pois as precipitações e confiança em nossa capacidade de realização de projetos egoístas nos conduzem às mais violentas frustrações. Se admitirmos a necessidade de uma boa equipe, já é uma grande consideração correspondente à responsabilidade e importância dos feitos que pretendemos concretizar. Jesus carregava em si um destino, e para ele isso tinha uma importância de cunho histórico. Ele conseguia ver os acontecimentos além, sabia o quanto sua liderança seria exercida relâmpagamente. Logo, se cuidou de ajeitar a direção para seu futuro. Para isso era necessário personificar a encarnação de um exemplo para inspirar seus seguidores e ampliar o alvo onde eles deveriam fitar seus olhos.

Vislumbramos nas páginas dos evangelhos essa “indescritível” referência de liderança quando nos apropriamos daquilo exposto para nossa demasiada felicidade. Seria muito superficial falarmos de formação de equipe sem ressaltar a convocação do colégio apostólico preparado por Jesus Cristo. Sobretudo, queríamos muito chamar atenção de todos para os métodos utilizados por Jesus para transformação de “simples homens” em líderes que até hoje inspiram nossa geração. O ponto crucial de nosso pensamento, para ser cogitado criticamente, é se Jesus seria um grande líder sem uma equipe de trabalho.

Nos moldes modernos, o individualismo é celebrado como o heróismo dos antepassados. O apresentador de bons êxitos e conquistador de seus objetivos no barco da solidão é o bom líder, digno de honra e aplausos dos telespectadores incapazes da façanha. São essas estrelas predominantes no conceito falso de liderança nos nossos dias. A espada teleguiada da dimensão crítica é nosso golpe no modelo. Estamos introduzindo no conteúdo de liderança uma esperança para muitos. Esperamos a manifestação de força e introjeção de nossas idéias com mais pontos de interrogação e ao mesmo tempo a aurora da lucidez dos mesmos.

4.1. A importância da formação da equipe

É incontestável questionarmos a importância da formação de equipe adequada. Em primeiro lugar, existe muita diferença entre uma equipe que trabalha em unidade, daquela infectada por ambições mesquinhas de certos indivíduos. Não cometeríamos a loucura de dizer que a equipe resolveria todos os problemas, mas podemos afirmar categoricamente a possibilidade dela poder ajustar muitas coisas que jamais seriam atingidas sem sua existência.

Observe algumas características e valores de uma equipe:

· As pessoas tendem a confiar mais em uma equipe do que num indivíduo (Lc 24:35, Lc 6:12, Mc 16:12);

· O “grande líder” não lidera sozinho, mas lidera em equipe ( Mc 3: 13-19);

· Na equipe, todos conhecem suas responsabilidades e tarefas e as distinguem bem das dos outros;

· A verdadeira equipe precisa ser formada e fundamenta nas responsabilidades e no amor pelo que fará, não focalizando agradar o líder para obter recompensa. (Jo 15:14, Jo 8:31);

· Uma equipe bem ajustada não precisa de muitas reuniões porque todos sabem as metas, as atitudes, as questões e os propósitos de cada um;

· A disposição para lutar por uma causa gera um clima de confiança e inteira unidade, promovendo o bom desempenho da equipe;

· O princípio de demonstração de fidelidade de uma equipe de trabalho para o líder não deve ser de palavras, mas na conclusão das metas estabelecidas (Jo 15:16, Jo 15:2);

· A equipe é importante porque ela pode estar ocupada de muitas coisas que o líder centralizado jamais poderá fazer ( Mc 6:12-13, Mt 10 :1-16);

· A equipe ajuda na constituição e desenvolvimentos de trabalhos que necessitam de mais empenho e urgência. (Mt 28: 16-20, Lc 24: 46-47)

· Uma equipe discute melhor os objetivos, problemas, planejamento, etc. Além disso, um grupo unido pensa melhor que uma pessoa desvinculada de uma equipe.

O alcance da excelência exige o desenvolvimento de uma equipe de alto desenvolvimento. Um grupo assim produz soluções de alta qualidade, que provê a coordenação entre seus membros e é o vínculo para responsabilidade compartilhada na gerência do departamento. (BRADFORD, p.176)

A organização, como um todo, deve ser formada por uma estrutura geral múltipla e sobreposta em que todos os grupos de trabalho usem, com habilidade, processos de tomada de decisões... Uma organização que atinja esse requisito terá um sistema de interação-influência através do qual fluirão rapidamente as comunicações relevantes, onde a influência requerida se exerce horizontalmente e de baixo para cima e de cima para baixo, e onde serão criadas as forças motivacionais necessárias à coordenação. (WALTON, 1979, p.92)

Com clareza de espírito, distinguiremos as representações empregadas a favor daquilo contestado. Aquelas lacunas das obras de liderança deixaram a desejar. É compatível a nossa razão entrar nessa brecha e apresentar uma proposta para, desta forma, nosso ministério, organização ou empresa atingir o ápice do potencial esperado.

5. Reuniões de Confronto: Como Jesus Exerceu Isso em Sua Liderança?

Essas reuniões de confronto foram marcantes na vida de Jesus Cristo. Isso fica claro nas escrituras, pois ele confronta seus liderados com objetivo de aprimoramento do caráter deles.

Onde existem seres humanos envolvidos em relacionamentos inter-pessoais há um foco de certa animação de situações invejosas e má comunicação. Parece-nos ter Jesus tirado grande proveito dessas reuniões. Assim, atribuiremos a ele a estátua de “perito em confronto”. Com delicadeza e especulações, ele sempre tirava as confissões da boca de seus seguidores, para não ser encontrado em condição de juiz diante daqueles que cometem litígios. Por menores que fossem certas atitudes manifestadas, Jesus percebia que poderia ser prejudicial aos seus seguidores e isso era motivo de confrontá-los. Em momento algum, o vemos expondo drasticamente seus apóstolos em situações aborrecedoras, mas criava sim providências piedosas para desentorpecer seus corações de suas paixões mundanas asfixiadoras de suas almas no sono das trevas espirituais. A felicidade deles estava justamente no tratamento das chagas causadoras das mais baixas justificativas da consciência cauterizada que cuspia o veneno da culpa e dos excessos de calamidades. Precisavam ser confrontados como aqueles empenhados no ofício do cuidado de pessoas. Não poderemos deixar de lado essa ferramenta de lapidação do caráter.

Não usaremos de generalizações, porém, estamos cônscios da exposição técnica proposta sobre reuniões de confronto. Elas serão empregadas como meios de tornar eficaz e subsistente o aspecto mais fascinante e permanente do caráter, algo de interesse de todos aqueles que pretendem conceber o verdadeiro sentido e consistência da liderança. Essas reuniões estabelecerão a formação das bases do líder pelo teste, não pelas invenções de prestígio.

Para melhor entendimento, na essência, as reuniões de confronto foram implicadas em momentos que Jesus agrupava seus discípulos para examinar suas próprias interações, atividades no ministério, como estavam seus sentimentos em relação uns aos outros e a eficiência nas tarefas designadas. Jesus trabalhava com uma equipe imatura. Às vezes, as intrigas eram compartilhadas, as dimensões das situações eram passadas a limpo. Eles compartilhavam as percepções que tinham de Cristo e de si mesmos. Jesus identificava os problemas entre eles e os confrontavam, apenas com intuito de aperfeiçoá-los para boa obra (Mt 15:12-20, Mc 8:27-33, Lc 9:23-27, Mt 19:23-30, Mt 24:45-51). Ele estava treinando suas sensibilidades, com a finalidade de torná-los mais transparentes no seu comportamento em relação aos outros, pois havia essa necessidade.

Vivemos na pós-modernidade, onde muitos lideram com corações petrificados e não ficam “aborrecidos” pelas feridas que causam nas pessoas, porque suas atitudes estão comprometidas com a máquina do lucro.

O confronto é uma técnica aliada ao ensino da conduta de vida moderada. Isso é feito com intuito de mostrar os possíveis tumultos e estragos que indivíduos podem provocar no ambiente de trabalho.

Observações positivas provindas dos confrontos:

· Oportunidade para ver as atitudes negativas e comportamentos inadequados;

· Momento no qual aquilo que não percebíamos é revelado pela exposição do outro;

· Aprendemos que nem todas as pessoas vão com nossa cara, mas precisamos conviver saudavelmente com todas elas;

· Somos criticados na face, com isso aprendemos superar as opiniões contrárias quando erramos e somos severamente contrariados;

· Com o confronto, temos a oportunidade de mudar de vida e sermos mais transparentes;

· Confrontar não é fazer julgamento, é tentar ajudar a outra pessoa por meio de uma técnica;

· Com o confronto, podemos ver se estamos nos desviando dos propósitos estabelecidos;

· No confronto, muitas coisas ficam claras e todos sabem a verdade sobre os fatos;

· Quando aceitamos sermos confrontados, possivelmente estamos tendo uma atitude de humildade.

Precisávamos referir essas representações citadas, embora nos pareça de pouco cultivo intelectual. Teremos esplêndido fim proveitoso, caso procedamos blindados com as sugestões lúcidas e agirmos com o encargo de conclusão da graça de Deus.

Ora, é fácil apontar o caminho do sucesso; difícil é conseguir o sucesso sem nos desviramos do caminho. Precisamos alcançá-lo e consiguiremos, se continuarmos pisando firmes na mesma estrada da simplicidade espinhosa, sem nos adornamos das vaidades pelas quais progredimos para as imediatas futilidades das investigações da razão. Pelo exercício de sua importância as reuniões se resultarão mais iminentes e sublimes, com fatos funcionais que regem a paz da alma da liderança.

Não queremos nos ocupar de idéias incompreensíveis dificultando inteiramente os propósitos comuns de todos aqueles líderes que conseguem estabelecer resultados com condições internas e externas conflitantes. Eles contornam os problemas com insistência e os confrontando, não se esquivando como aqueles pensamentos ludibriadores de que liderar é se livrar da problemática e não provam os meios indispensáveis para resolução dos conflitos.

Jesus, em momento algum, se estribou pelos caminhos de métodos duvidosos, mas se reunia com seus discípulos e os confrontava nas reuniões, quando necessário.

6. Pesquisas de Campo: Conhecia Bem Jesus seu Campo de Atuação no Ministério?

É indubitável a não existência de nenhum órgão especializado em pesquisa de campo na época de Jesus Cristo, pois um verdadeiro sábio como ele jamais deixaria de reunir todas as informações relevantes sobre as cidades que pregariam as boas novas do reino.

Embora sejamos diferentes em nossas ações e tendências, não podemos rejeitar aquilo que pode de maneira satisfatória complementar nossas certezas relacionadas a determinados lugares onde vamos abrir um projeto social, uma empresa ou instituição de qualquer natureza. Até mesmo por as pessoas das regiões onde queremos atuar apresentarem variações culturais, climáticas, econômicas e de saúde.

Será mais fácil admitir as questões relativas a nossa competência como bem mais fáceis de se resolver se tivermos conscientes de onde estamos plantando os nossos pés. Uma descrição clara e prudente é um meio preciso para nos auxiliar e encorajar a atingir nossos planos desejados. Mediante também à diversidade sentimental e intelectual que nos desnivela e aos hábitos nos distinguindo, evidentemente, as personalidades dos indivíduos, precisamos sim de uma pesquisa honesta para poder estabelecer algumas conclusões.

7. Perfil Moral e Espiritual da Liderança Transformadora de Jesus

A famosa crise de valores não é nova surpresa, embora as proporções do mundo pós-moderno sejam mais assustadoras. O egoísmo, a corrupção do caráter e a falta de respeito pelo semelhante têm conseguido um lugar amplamente visível na história da humanidade, mas não existe nenhum código de moral ou de ética capaz de comprometer a humanidade com a honestidade, dignidade e vida íntegra, exceto quando olhamos a figura de Jesus Cristo.

Traçar o perfil de Cristo é algo sublime. Somos as criaturas mais privilegiadas do mundo por termos a oportunidade de refletirmos sobre o “perfil moral” desse homem-Deus com mente de grande espírito. Essa grandiosa façanha nos faz pensar no que consiste a importância da razão que nos diferencia dos animais, pois eles não têm nenhuma noção de Jesus Cristo. Isso ficou reservado exclusivamente para nós, ainda assim não nos tornamos capazes de ter uma certeza mais apurada sobre Deus, o universo e sobre nós mesmos.

Quando tivermos uma idéia mais madura sobre Jesus Cristo, vamos conhecer toda verdade de nossa proposição e agiremos moralmente pela convicção da verdade. Assim, consideremos o assunto a seguir como um entre muitos legados sobre o “perfil moral” e espiritual desse líder transformador da humanidade.

Alguns indivíduos, quando querem oferecer um conhecimento geral sobre liderança, não criam uma contemplação particular de Cristo e abrangem sua abordagem não somente a partir do centro de toda gravidade. Nossas máximas não serão formadas a partir da unidade do conjunto de bons líderes do gênero humano. Seria arriscar muito nossas pretensões, desviando nossas atenções do alvo certo, para concentrá-las em algo duvidoso ao nosso espírito. Nos são apresentadas razões para provar a veracidade dos atos positivos dos líderes que serviram de exemplo para nós e interpretações de textos sobre o perfil de Cristo.

Atrevemos-nos dizer que o “perfil moral” de Jesus tem sido estudado no decorrer da história com muita superficialidade, porque já vemos nele uma personalidade firme, um ser completamente revestido de toda prudência e moral. Por falar de uma especulação mais aprofundada sobre a moral e espiritualidade de Jesus Cristo, muito daquilo deixado por ele não tem sido utilizado no auxílio do aperfeiçoamento da liderança, por ser ainda desconhecido, pois nossa atenção está muito voltada aos seus feitos. Não estamos dizendo sobre a existência de conhecimento a respeito de Jesus não ensinado ainda. Estamos querendo dizer ao homem de mente aberta que muitos dos ensinos, com efeito, são imperfeitos, pois são doutrinas reunidas em torno das realizações de Cristo, e não estão centralizadas a partir de sua essência.

Precisamos pensar não apenas nos atos morais praticados por Jesus. Não estamos expandindo mais o que já foi afirmado, isso serve apenas para generalizar proposições sobre a moral. Estamos gratos por aqueles responsáveis por colocar um sistema estruturado sobre a moral examinada na pessoa de Jesus Cristo. Nossa palavra não é trazer a causa para debate, é apenas apresentar a causa como princípio elaborador de todo conceito tido por nós de moral para liderança ministerial, organizacional e empresarial.

Não vamos montar uma estante relativamente sistematizada sobre o “perfil moral” e espiritual de Jesus Cristo, a fim de levar o leitor inocente a mais uma especulação divorciada da vida prática, seria sermos mentecaptos. De maneira alguma, poderemos introduzir uma investigação acentuada do “perfil moral” e espiritual de Jesus Cristo. O tópico fica apenas a cargo de atração. Seria algo estranho apresentado envolto da beleza e das artimanhas sedutoras das palavras, mas queremos apresentar o centro da esfera da moral; o centro de onde converge toda atividade moral que o líder pode engessar em seu caráter. Ele é a verdadeira essência moral. Não será registrada nenhuma categoria em um quadro genérico moral sobre Cristo, porque ele é a própria moral encarnada. O líder que não quer cair nas incoerências da vida moral precisa tê-lo no centro. Quando os homens, em suas ocupações, colocam um expediente de suas fraquezas em seu lugar é obvio que desaparecerá a moral de suas vidas. Se nos identificarmos com essa verdade, temos que rejeitar todo o tratado sobre nossa vida moral na liderança por meio de designação de atributos separados para compor a moral. A moral em si não é uma prática e nem um conceito filosófico; a moral apenas é o que é. Quando temos Cristo como a moral de nossa vida, não precisamos praticar atos morais. O caminho é inverso.

Forçosamente, ele nos sustenta puros para os nossos atos poderem condizer incondicionalmente que temos uma integridade moral. Quando erramos, não quer dizer que perdemos a moral, apenas descentralizamos a moral e colocamos nossas paixões “carnais” no centro e, portanto, é falsa a busca de um perfil moral para Jesus Cristo, como também é desprezível pressupormos uma demonstração moral de um indivíduo a não ser por meio de Cristo, pois ele produziu excessivas benevolências para serem atribuídas à moral. Esperamos não serem essas considerações um afronto direto às anteriores, mas um espelho idêntico de expressões abastadas, concluindo a possibilidade de muitas desventuradas estarem certas, mas não estão centralizadas.

8. Liderança Como Agente de Mudança: Como Jesus Agiu com o Propósito de Mudar seu Mundo.

Agora antecipamos, finalmente, uma das razões que há bastante tempo empregamos como aquilo que confirma Jesus ser o modelo de esperança para a causa da liderança: seu propósito é firme e consistente para mudar o mundo.

Podemos levar mais longe o trabalho e empenho dele voltado para convencer o mundo perverso, cheio dos seus argumentos grosseiros de vida dissoluta, e incapaz de alcançar as promessas do reino vindouro.

O que poderia haver de mais desagradável do que homens com a consciência esfrangalhada e pisoteada pela culpa do pecado lúgubre? Ele é o detestável desastre que desagrada à vontade do criador; é a separação do homem do Deus vivo. Cristo veio como líder para comunicar a esperança, suavizar a vida com a paz e transformá-la de dor e tristeza em prazer e satisfação. Não deve ser omitido que ele uniu vidas desunidas e quebrantou corações petrificados, transformando-os em vasos receptivos do ágape, o bálsamo refrigerador da alma do calor das chamas infernais do ódio. Ele não foi o líder do discurso, pois operou com mudança e como agente de transformação da sociedade, com uma nova maneira de pensar, expressava sua doutrina e espalhava as convicções de sua fé a uma população que estava preza aos conceitos de tradição religiosa.

O líder precisa imperar contra as estruturas organizacionais e idéias que impedem as transformações favorecedoras de muitas pessoas que sonham com mudanças através do agir do líder. Quando uma regra consiste infalivelmente impressa nas mentes por determinados tempos, os liderados concordam com ela, mesmo estando incomodando e prejudicando o crescimento deles. Ela persiste soberana em uma empresa ou organização como uma relíquia, cujas pessoas tem medo de tocar. Sua violação geralmente poderia ser uma atitude de imprudência, embora as pessoas não tenham nenhuma veneração por essa regra.

Podemos concluir que o líder que deseja um povo livre de opressão e nudez de espírito viola a regra da lei como um grande dever em prol da vida dos outros.

Cristo não foi o líder que andava procurando lisonjas e magnificência para atingir a grandeza de um imperador. Para ele as mudanças proporcionariam melhorias na vida espiritual e social do povo que vivia em trevas. Embora existisse a regra para o povo obedecer, ele usou “remédios” para curar a memória amnésica do povo esquecido dos feitos de Deus na Antigüidade e continuavam se alimentando das migalhas espirituais oferecidas por aqueles intolerantes da inovação, pois para eles a regra é sagrada, mesmo não funcionando mais, é algo intocável.

Jesus agiu, pois para haver mudanças é necessário ação, e para agirmos precisamos de propósitos dignos da liderança que sonha com as mudanças.

Segundo Aristóteles,

As ações precisam ocorrer, necessariamente, entre amigos, inimigos ou estranhos. Pode a ação ser praticada de maneira como a concebiam os poetas antigos, por personagens cientes do que fazem, o pior dos casos se dá quando o personagem está prestes a agir, de modo consciente, e não o faz; isso é repugnante” (2000, p. 75)

Alguns pontos centrais de como Jesus agiu pensamos ser uma forma sensata de agir:

· Jesus proclamava suas convicções, elas eram o melhor para todos de acordo com a capacidade de entendimento das pessoas (Mt 5:1-12);

· Jesus levava as pessoas a pensarem na nova proposta de vida, as fazendo desapegar dos valores que as acorrentavam (Mt 6: 19-24);

· Ele quebra as regras em favor das pessoas; o amor às pessoas é superior a qualquer regra, isso é uma forma de mudar o mundo (Mc 2.2-18, Mt 9.1-8, Mc 3.1-6);

· Sem obras, nenhum líder será agente de mudança (Mt 14.13-21 Mc 8.1-10);

· Para Jesus, Deus é mais importante do que a tradição cultural e religiosa; ela pode ser uma pedra de tropeço escravizadora de vidas (Mc 7. 1-23, Mt 15-1-20);

· Quem quer mudar o mundo deverá carregar o fardo da cruz; renunciar a sua vida em favor das outras vidas (Lc 9.23-27, Mt 16.24-25);

· O agente de mudança precisa ser exemplo de honestidade e ética, reconhecer o que lhe pertence e as coisas dos outros (Mt 17:24-27);

· O líder como agente de mudança deve servir o mundo e não ser servido pelo mundo que ele quer mudar (Mt 20:21-28, Lc 18:31-34);

· Para sermos agentes de mudança, as ofensas não podem achar lugar em nossos corações, devemos perdoar os erros dos outros para os ganharmos (Mt 18:15-16);

· O líder como agente de mudança não pode se conformar com a corrupção e decadência, simplesmente porque as pessoas acham tudo normal na sociedade e não se importam com as coisas erradas (Mc 11:15-18, Lc 19:45-48, Mt 21:12-12);

· O líder agente de mudança não é aquele que diz em palavras para o povo praticar e pratica obras ao contrário, mas ele pratica o que diz (Mt 23:1-5);

· O líder agente de mudança, muitas vezes, será questionado e condenado por causa das suas ações, embora elas ajudem muitas pessoas serem felizes (Jo 18:28, Jo 19:6, Mc 15:1-20, Lc 23:1-25, Mt 27:11-26).

Essas notas concordam bastante com o assunto e servem para ser lidas com o texto e princípios. Assim sejam estabelecidas as verdades expostas, para garantir a concórdia para realçar as palavras de Cristo, a fim de mudarmos o mundo por intermédio de uma ação imediata baseada nas experiências de Jesus Cristo.

Ousamos com confiança afirmar que se agirmos não mais por meio das falácias dos discursos arrogantes cheios de hipocrisias, mas através da humildade do testemunho discreto, não seremos apenas admirados pelos espetáculos refinados.

Não é surpresa o número de escândalos derivados das entranhas das organizações governamentais e não-governamentais no Brasil e no mundo. É fácil ver as pessoas acomodadas e se tornando tão iguais entre si, quando deveriam forçar mudanças sucessivas, distinguindo as pessoas por meio de suas ações. É razoável dizermos que onde essas mudanças não ocorrem para o bem positivo, a própria natureza julga-nos digno da flecha venenosa do negativo, deterioradora do caráter adquirido de muitos líderes. Eles se encharcaram na podridão da má reputação que maltrapilha a cristandade evangélica no Brasil e no mundo.

Contudo, sonhamos com a necessidade de alcançar nações, sem ao menos julgar nosso estado presente, longe de alcançar bom êxito diante daqueles que não perdoam os escândalos, pois se tornaram uma concórdia entre nós. Assim, seremos agentes de transformação de nossa própria qualidade para o pior, se é que a graça de Deus não nos basta.

CONCLUSÃO

Esperamos ser esse tratado compreendido dentro das perspectivas como proposta de liderança no ministério com marginalizados, devendo ser avaliado com maiores cuidados, levando em conta nossas débeis habilidades para escrever, usando vastas potencialidades do dicionário e em curto tempo.

Sabemos seguramente não ser essa proposta a cura para “doença” do mundo, mas possivelmente trará um pouco mais de enriquecimento e confiança, para enfrentarmos os problemas que, às vezes, contornamos como líderes.

Talvez, estejamos numa boa oportunidade para nossa ignorância ser exposta como a de muitos tem sido. Por outro lado, pode ser uma das poucas chances que teremos para colaborar com a liderança brasileira carente de obras produzidas pelo nosso povo.

Acreditamos mais nos erros causados pelas dificuldades em aplicarmos certos conceitos em nosso ministério, por serem desvinculados de nosso contexto. São desventuras encontradas por muitos e não temos encontrado uma escora para descansarmos a mente das preocupações sem respostas.

Deixamos apenas uma partícula do caminho trilhado dentro da floresta negra da crítica, isso será compreendido na perspectiva apresentada. Logicamente, não estão aqui todos os passos fundamentais da liderança com marginalizados, pois muito temos a produzir.

Em meio a falta de importância enfrentada nesse ministério, a prova de seu pouco significado reflete no número de produções acadêmicas nas universidades e escolas de teologia.

Lamentavelmente, estamos vulneráveis no campo de batalha! Nossa tentação é apresentar uma coisa tão nobre, sem suas verdadeiras dimensões, por ter contornado o pensamento da concentração do tema e voltá-lo para os dados da imensa contribuição que esses ministérios direcionados para os excluídos têm dado à sociedade de modo geral.

O proposto foi apenas uma pequena parte detalhada por escrito, porém, culminando no ápice do assunto, a realidade da aurora do nosso tempo. Expressamos diretamente nossa vontade consciente, a percepção adquirida pela experiência.

Não estamos persistindo na mera superfície da teoria antecipada, cheia de aparência e apresentando os aspectos do comportamento de pessoas das quais damos testemunho de boa fé, sem manifestar diretamente a tese das ações do corpo a corpo, pois ela é a fase final, a prova da verdade daquilo que acreditamos. Também não basta a boa vontade, ela logo desaparece quando não temos formulado a graça de Deus em nós. Ele nos escolheu para superar o egoísmo por meio do desaparecimento da individualidade, nos unindo misticamente com Cristo, entendendo que não podemos estar fora dele. A renúncia de nós mesmos é a aspiração. Ela nos fará subsistir em serenidade imperturbável perante tantas aflições assoladoras dos marginalizados.

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