quarta-feira, 29 de junho de 2011

O CASO DO TúMULO VAZIO

O CASO DO TÚMULO VAZIO

Uma análise das diversas teorias contra a Ressurreição

Por JOSH MCDOWELL

Um estudante, na Universidade do Uruguai, perguntou‑me:

"Professor McDoweli, porque é que não pode negar o Cristianismo?. Eu ‑respondi: “Poruma simples razão: não sou capaz de negar um facto da história—a ressurreição de Jesus Cristo”.

Depois de estudar durante mais de 700 horas este assunto e investigar a fundo as suas bases, chequei à conclusão de que a ressurreição é uma das mais maldosas, crueis e desumanas burlas jamais introduzidas na mente do Homem, ou, então, é o mais fantástico facto da História.

O problema da ressurreição, levanta a pergunta:

"Será o cristianismo válido? Esta pergunta ultrapassa o campo da filosofia e, forçosamente, torna‑se um problema histórico. Terá o Cristianismo uma base histórica aceitável? Há evidência suficiente para garantir a fé na ressurreição?

Alguns dos factos relevantes à ressurreição, são os seguintes: Jesus de Nazaré, um profeta judeu que proclamou ser o Cristo profetisado nas Escrituras Judaicas, foi preso, julgado como um criminoso político, e crucificado. Três dias depois da sua morte e enterro, algumas mulheres que foram ao seu túmulo, descobriram que o corpo tinha desaparecido. Os seus discípulos afirmaram que Deus o tinha ressuscitado dos mortos e que lhes tinha aparecido várias vezes antes de ascender para os Céus.

Nesta base, o Cristianismo espalhou‑se por todo o Império Romano, e tem continuado a exercer uma grande influência através dos séculos.

Houve realmente ressurreição? Estava, na verdade, o túmulo de Jesus vazio? A controvérsia sobre estes problemas continua acesa nos nossos dias.

TESTEMUNHAS OCULARES

Os testemunhos da ressurreição no Novo Testamento circularam enquanto vivas as pessoas que estavam presentes na ressurreição. Estas pessoas podiam confirmar ou negar a veracidade dessas narrações.

Aqueles que escreveram os 4 Evangelhos, foram testemunhas pessoais dos factos ocorridos ou relataram as narrações de testemunhas oculares.

Ao advogarem o caso para o Evangelho, os apóstolos apelavam (mesmo quando enfrentavam os seus adversários mais severos) para o conhecimento corrente da ressurreição.

F. F. Bruce, professor de crítica bíblica e exegese na Universidade de Manchester, diz, quanto ao valor dos registos no Novo Testamento como informação de primeira mão:

"Se tivesse havido alguma tendência para se afastar dos factos, a possível presenca de testemunhas hostis na audiencia teria servido como forte correcção".


A EVIDÊNCIA DOS DADOS

Devido ao Novo Testamento nos fornecer dados históricos de primeira mão para esclarecimento da ressurreicão, muitos críticos do séc. XIX, puseram em dúvida a veracidade destes documentos.

F. C. Bauer afirmou que as Escrituras do Novo Testamento não tinham sido escritas antes dos fins do II séc. D. C. Ele conclui que estes manuscritos formaram‑se basicamente de mitos e lendas, que se desenvolveram durante o grande intervalo entre o tempo de vida de Jesus e o tempo em que estes relatos foram transmitidos para o papel.

Contudo, por volta dos fins do séc. XIX, descobertas arqueológicas vieram confirmar a veracidade dos manuscritos do Novo Testamento. Descobertas de papiros mais antigos fizeram o elo de ligação entre o tempo em que Cristo viveu e os manuscritos posteriores.

Estas descobertas aumentaram a confiança intelectual na veracidade da Bíblia. William Albright, que era o maior arqueólogo bíblico do mundo, afirmou: "Já podemos dizer categoricamente, que não há qualquer base sólida para datar algum livro do Novo Testamento depois de 80 D. C., 2 gerações antes das datas entre 130 e 150 sugeridas pelos críticos do Novo Testamento mais radicais de hoje".

14.000 CõPIAS DE MANUSCRITOS

Coincidindo com as descobertas dos papiros, uma grande abundância de outros manuscritos apareceu. Existem hoje mais de 14.000 cópias de manuscritos antigos do Novo Testamento. Isto motivou Sir Frederick Kenyon, uma das grandes autoridades acerca da veracidade de manuscritos antigos, a escrever:

“O intervalo entre as datas da composição oríginal e a mais antiga evidéncia é tao pequeno que, na realidade, é desprezivel; e a última base que punha em dúvida se as Escrituras nos chegaram substancialmente como foram escritas, foi eliminada. Tanto a autenticidade como a integridade geral dos livros do Novo Testamento, podem ser encarados como estando finalmente estabelecidos".

O historiador Lucas, escreveu "evidência autêntica" acerca da ressurreição,

Sir Willíam Ramsay, que gastou 15 anos a tentar destruir as credenciais de Lucas como historiador e a negar a veracidade do Novo Testamento, finalmente concluiu:

"Lucas é um historiador de primeira classe... este autor deve ser colocado entre os maiores historiadores".

O ENTERRO DE JESUS

As testemunhas do Novo Testamento, sabiam bem as circunstâncias da ressurreição. O corpo de Jesus, de acordo com o costume Judeu, foi envolvido num lencol de linho. Cerca de 40 kg de su6stâncias aromáticas, misturadas para formar uma substância gomosa, foram aplicados nas faixas de pano envolvidas à volta do corpo.

Depois do corpo ser colocado num túmulo sólido na rocha, uma enorme pedra foi rolada contra a entrada do túmulo. Geralmente, estas pedras eram roladas por meio de alavancas para tapar os túmulos, e pesavam à volta de 2 toneladas.

Uma guarda romana, composta por homens de guerra rigidamente disciplinados, foi colocada a guardar o túmulo. O medo de punição produzia atenção máxima em serviço, especialmente nas vigias da noite.

Esta guarda afixou, no túmulo, o selo romano que era o símbolo do seu poder e autoridade.

Este selo tinha em vista evitar qualquer tentativa de violação do sepulcro. Uma tentativa de remoção da pedra quebraria o selo, e provocaria o castigo da lei romana.

O TUMULO VAZIO

Mas, o túmulo estava vazio. Os seguidores de Jesus disseram quev Ele tinha ressuscitado dos mortos. Informaram que Ele lhes tinha aparecido durante um período de 40 dias, apresentando‑se claramente através de muitas "provas infalíveis”. Paulo , o apóstolo, conta que Jesus apareceu uma vez a mais de 500 dos seus seguidores e a maior parte deles ainda se encontravam vivos e podiam confirmar o que Paulo escreveu.

O túmulo vazio era "demasiadamente notório para ser negado". Paul Aithus, afirma que a ressurreição "não se podia ter aguentado por um unico dia, uma única hora, se o facto do túmulo estar vazio, não tivesse sido confirmado por todos”.

Como é que podemos explicar o caso do túmulo vazio? Poderá ser explicado por uma causa natural?

Os cristãos crêm, baseados em abundantes evidências históricas, que Jesus ressuscitou corporalmente no tempo e no espaço, pelo poder sobrenatural de Deus. As dificuldades da fé podem ser grandes mas, os problemas inerentes à descrença apresentam ainda maiores dificuldades.

As teorias desenvolvidas para explicar a ressurreição através de causas naturais, são bastante fracas; na verdade, servem para aumentar a confiança na veracidade da ressurreição.

O TúMULO ERRADO?

Uma teoria proposta por Kirsopp Lake, afirma que as mulheres que anunciaram que o corpo tinha desaparecido, se enganaram e foramb ao túmulo errado. Se fosse assim, então, os discípulos que foram verificar se o corpo tinha ou não desaparecido, também se enganaram e foram ao túmulo errado.

Além disso, podemos ter a certeza de que as autoridades judaicas, que pediram uma guarda romana colocada junto do túmulo com o fim de impedir que o corpo fosse roubado, não se teriam enganado na sua localização, nem os guardas romanos, pois eles estavam lá!

Se este fosse o caso, as autoridades não teriam perdido tempo e teriam ido buscar o corpo ao túmulo certo, terminando para sempre qualquer rumor sobre a ressurreição.

Outra teoria afirma que as aparições de Jesus depois da ressurreição foram simples ilusões ou alucinações. Esta não é apoiada pelos princípios psicológicos que determinam as aparições e alucinacões; esta teoria também não coincide com a situação histórica. Aliás, onde é que estava o corpo, e porque é que não foi apresentado?

A TEORIA DA MORTE APARENTE

Divulgada por Venturini há vários séculos e bastante mencionada nos dias de hoje, esta teoria diz que Jesus, na realidade, não morreu; ele simplesmente desmaiou devido ao cansaco e à perda de sangue. Todos julgavam que Ele estava morto e, quando se reanimou, os discipulos pensaram que tinha ressusitado.

O céptico David Friedrich Strauss ‑não crendo ele próprio na ressurreição‑eliminou qualquer pensamento de que Jesus se tenha reanimado de uma morte aparente:

“É impossível que um ser humano, roubado meio morto de um sepulcro, que se arrastava fraco e doente, necessitado de tratamento médico, de ligaduras, apoio, ajuda, e que por fim cedeu aos seus sofrimentos, pudesse ter dado aos seus discípulos a impressão de que era um Conquistador sobre a morte, o Príncipe da vida; impressão que permanece na base do seu futuro ministério. Tal reanimação, so poderia ter enfraquecido a impressão que Ele lhes tinha provocado tanto em vida, como na morte. No máximo, só lhes poderia ter dado uma voz saudosa, mas não poderia ter transformado a sua tristeza em entusiasmo, nem a sua reverência em adoração”.

FOI O CORPO ROUBADO?

Agora, considerem a teoria de que o corpo foi roubado pelos discípulos, enquanto que os guardas dormiam. A depressão e covardia dos discípulos fornece um forte argumento contra a súbita bravura e ousadia em enfrentar um destacamento de soldados e roubar o corpo. Eles não estavam em condições para tentar qualquer coisa deste gênero.

J. N. D. Anderson tem sido o Deão da Faculdade de Direito da Universidade de Londres, presidente do Departamento de Direito Oriental na Escola de Estudos Orientais e Africanos e director do Instituto dos Estudos Legais Avancados, na Universidade de Londres. bomentando, a propósito dos discípulos terem roubado o corpo de Cristo, ele afirma:

“Istoiria totalmente contra tudo aquilo que sabemos sobre eles; os seus ensinamentos éticos, a qualidade das suas vidas, sua atitude perante o sofrimento e a perseguição. Nem isto explicaria a dramátíca transformação de desprezados e desanimados fugitivos em testemunhas a quem nenhuma oposíção podia calar”.

A teoria de que as autoridades judaicas ou romanas tivessem retirado o corpo de Cristo, não tem mais lógica para explicar o túmulo vazio do que a anterior. Se as autoridades tinham o corpo na sua posse, ou sabiam onde é que ele estava, porque é que, quando os discípulos proclamavam a ressurreição em Jerusalém, não bradaram: "Esperem! Nós tiramos o corpo‑Cristo não ressuscitou dos mortos!

E se esta correcção falhasse, porque é que eles não explicaram exactamente onde o corpo estava e, se isto não fosse suficiente, porque não tomaram o corpo, colocando‑o numa carruagem e o mostraram pelo centro da cidade de Jerusalém? Uma acção como esta teria destruido o Cristianismo mesmo na sua base!

O Dr. John Warwick Montgomery explica:

"Ultrapassa toda a credibilidade que os Cristãos primitivos tivessem inventado toda esta história para depois contá‑la entre aqueles que poderiam destruí‑ia facilmente, apresentando o corpo de Jesus”.

AS EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO

O professor Thomas Amold, director de Rugby durante 14 anos, autor de uma famosa "História de Roma" em três volumes, e apontado como candidato para o lugar de presidente da cadeira de História Moderna de Oxford, estava bem a par do valor da evidência para determinar factos históricos.

Este grande professor disse: "Eu estou acostumado a estudar as histórias de outros tempos durante bastantes anos, e a examinar e avaliar a evidência dos que têm escrito acerca delas e não conheco nenhum facto da História humana que seja comprovado por melhor e mais completa evidência do que grande sinal que Deus nos deu de que Cristo morreu e ressuscitou dos mortos”.

Brooke Foss Westcott (1825‑1901), pensador inglês, disse: “Juntandotoda a evidência, não é demais dizer que não há facto histórico melhor e mais extensamente apoiado do que a Ressurreição de Cristo. Nada, a não ser uma pressuposição de que a Ressurreição tem de ser falsa, podia ter sugerido a ideia de deficiência na sua comprovação".

O Dr. Paul L. Maier professor de História Antiga na Universidade de Western Michigan, conclui: "Se toda a evidência é verificada cuidadosamente e com justiça, é realmente justificável, de acordo com os padrões da pesquisa histórica, concluir que o túmulo no qual Jesus foi sepultado estava realmente vazio na manhã da primeira Páscoa. E nenhum sinal de evidência apareceu ainda, nas fontes literárias, epigrafia ou arqueologia, que pudesse negar esta afirmação".

VIDAS MUDADAS

Mas, o maior testemunho de todos, é a vida daqueles Cristãos primitivos. Nós devemos perguntar‑nos: o que é que oslevou a ir a toda a parte para anunciar a mensagem da ressurreição de Cristo?

Se tivesse havido alguns benefícios visíveis, que os recompensasse dos seus esforços, tais como prestígio, riqueza, subida de posição social ou benefícios materiais‑nós poderíamos logicamente tentar explicar as suas acções, e a sua entusiástica e total consagração a esse ”Cristoressuscitado".

Como recompensa dos seus esforços, contudo, estes cristãos foram espancados, apedrejados torturados, crucificados, todos os métodos possíveis foram usados para impedir estes homens de falar.

No entanto, eles eram uns homens pacíficos, nunca impunham pela força as suas crenças a ninaté à morte, atirados aos leões, guém. Mas, deram as suas vidas como prova máxima da sua inteira confiança na verdade da sua mensagem.

Um crente em Jesus Cristo pode ter, nos dias de hoje, inteira confiança como estes primeiros Cristãos tiveram, pois a sua fé é baseada, não em mitos ou lendas, mas sim no sólido facto histórico da ressurreicão, e do túmulo vazio.

Áinda o mais importante, é que cada crente pode experimentar hoje o poder de Cristo ressuscitado na sua vida. Primeiro que tudo, pode saber que os seus pecados estão perdoados. Segundo, ele pode estar certo da vida eterna e da sua própria ressurreição dos mortos. Terceiro, ele pode ser libertado de uma vida vazia e sem significado, e ser transformado numa nova criatura em Jesus Cristo.

Qual será a sua avaliação e decisão‑o que é que pensa do túmulo vazio?

“Mas se nós anunciamos que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns andam a dizer que os mortos não ressuscitam? Se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é inútil e a vossa fé é inútíl também. Sendo assim, nós somos falsos mensageiros de Deus. Andámos a anunciar que Deus tinha ressuscitado a Cristo, sem ser verdade uma vez que os mortos não ressuscitam. Ora, se eles não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem fundamento e vocês são ainda escravos dos vossos pecados. E então os que morreram com fé em Cristo perderam‑se. Se a esperança que temos em Cristo não vai para além desta vida, somos os mais miseráveis de todos. Mas a verdade é que Cristo ressuscitou dos mortos, e é garantia de ressurreição para os que morreram.“

(Palavras de Paulo de Tarso em sua carta aos cristãos na cidade de Corinto)

Josh McDoweli, obreiro do Movimento Estudantil e Profissional para Cristo, é formado pelo Wheaton College e graduado magna cum laude do Talbot Theological Seminary. No seu trabalho com universitários, durante os últimos 5 anos, falou a mais de 2 milhões de estudantes em 42 paises.

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