quarta-feira, 29 de junho de 2011

O corpo de Jesus teria sido roubado de seu túmulo?



Não existem dúvidas de que o túmulo de Jesus misteriosamente se tornou vazio. Como disse Paul Althaus, a mensagem da ressurreição "não resistiria um dia, ou uma hora sequer, em Jerusalém, se não se houvesse estabelecido com toda certeza o fato do túmulo estar vazio."[1] O Dr. Craig observou que "em nenhum lugar, nem mesmo na polêmica judaica, aparecem tradições conflitantes sobre o fato do túmulo se encontrar vazio".[2]

Pelo menos um cético (Dr. John Dominic Crossan) erradamente afirmou que a lei romana automaticamente proibia o sepultamento de Jesus, sendo que ele teria sido jogado em uma vala comum, anônimo. Esta afirmação é insustentável. Raymond Brown mostrou que a política romana para o sepultamento variava com as circunstâncias e abria a possibilidade de enterro pessoal para alguns dos crucificados.[3]Afirmar que o corpo não foi levado para um túmulo também nega os consistentes protestos judeus de que o corpo teria sido removido do mesmo.[4] Além do que os Evangelhos não conseguiriam inventar com sucesso um proprietário para o túmulo tão específico como o membro do Sinédrio Judeu José de Arimatéia (Marcos 15:43). Se os Evangelhos não estivessem corretos neste ponto eles não seriam capazes de fazer frente à correção e ridículo que se levantaria por parte dos judeus.

Como os críticos da ressurreição de Cristo responderam? Alguns céticos afirmam que alguém deve ter roubado o corpo de Jesus de seu túmulo dando margem assim às estórias de uma ressurreição miraculosa. Isso é possível?

OS JUDEUS E OS ROMANOS

Nem os líderes judeus nem os líderes romanos, que guardavam o túmulo(Mateus 27:62f) poderia ter levado o corpo. Ao contrário, ambos tinham motivos de sobra para exibir o corpo em público humilhando assim os discípulos e destruindo seu incipiente movimento. E desde de que a cena em questão se passara em Jerusalém, estava no poder completo desses líderes encontrar o corpo caso ele existisse. Mas, para a frustração dos mesmos, nenhum corpo jamais foi encontrado. Se os judeus tivessem escondido o corpo, certamente eles o teriam exibido no Dia de Pentecostes quando toda a Jerusalém estavam em polvorosa por causa do sermão de Pedro sobre a ressurreição de Cristo.

OS SEGUIDORES DE CRISTO

Do mesmo modo, é altamente improvável que os seguidores de Jesus tivessem sido capazes de remover o corpo com uma guarda romana protegendo o túmulo e uma pedra gigantesca colocada em sua entrada. E também não pode-se creditar a eles a invenção dos guardas dormindo como registrado em Mateus 28:11f. A história serviria apenas como propaganda caso os guardas tivessem permanecido acordados.

E porque os discípulos (ou quaisquer outras pessoas) iriam arriscar as suas vidas para roubar o corpo de Cristo. O registro bíblico mostra como os discípulos estavam amendrontados, desencorajados e desesperançados. O único motivo seria uma tentativa de enganar outras pessoas. Mas, tudo o que lemos sobre esses homens indica que eles eram bons e honestos. Como eles poderiam, pelo resto de suas vidas, pregar algo que eles sabiam ser uma mentira? E, ainda mais, eles iriam ser capazes de sofrer tanto e se sacrificar por algo que eles tinham por certo ser um engodo?

Seria loucura esconder o corpo e engedrar uma ressurreição. As consequências da lealdade dos discípulos a Jesus incluiram espancamentos, aprisionamento e mesmo morte. Nenhum pessoa, em sua sã consciência escolhe passar por isso para manter algo que sabem ser falso. Sobre pressão, mentirosos confessam seus engodos e traem seus companheiros.

O explosivo crescimento da Igreja é uma forte evidência da ressurreição de Cristo. Significantemente, não foram os poderosos, mas as pessoas comuns, com toda a oposição pesando contra elas que transformaram o Império Romano através da mensagem da ressurreição (1 Coríntios 1:26f). Quem poderia prever que esse fato "impossível" pudesse ocorrer? Ainda assim, ele aconteceu![5]

O fato de que o Cristianismo se originou no Judaísmo[6] é outra evidência para a ressurreição. O renomado arqueologistaWilliam F. Albright observou o seguinte: "Em minha opinião, cada livro do Novo Testamento foi escrito por um judeu batizado entre os anos quarenta e oitenta do primeiro século A.D."[7] O preconceito judeu para com o Jesus do Novo Testamento era enorme. O que poderia levar judeus a aceitarem um “criminoso” que fora vergonhosamente crucificado (Gálatas 3:13) como o seu Messias prometido se eles esperavam um libertador no sentido militar? E mais, o que poderia convencer judeus a quebrar suas convicções monoteísticas[8] e adorar Jesus como Deus, o Filho (João 1:18), ou mudar o seu dia de adoração do sábado para o domingo (Atos 20:7)? Um mero mito inventado não teria poder para derrubar tais esperanças e tradições.

"Jesus era tão diferente daquilo que todos os judeus esperavam que o Filho de Davi fosse que seus próprios discípulos achavam quase impossível ligar a idéia do Messias a ele."[9]
-Millar Burrows

Foi a ressurreição de Jesus, como declara o Novo Testamento, que sobrepôs-se a esta impossibilidade (Atos 2:24).

A CONVERSÃO DE SAULO

Adicionalmente, a conversão de Saulo de Tarso aponta para um milagre instantâneo. Inicialmente um violento inimigo da Igreja (Atos 8:3; 9:1,Gálatas 1:13), ele se tornou de forma inusitada um servo de Jesus. Escolhendo o sofrimento por amor a Cristo (2 Coríntios 11:23f), Paulo (ele teve seu nome mudado) desistiu de tudo o que tinha, passou por perseguições sem conta e pregou o evangelho cidade após cidade no caminho para Roma, onde morreu como um mártir. Ele foi a pessoa de maior influência sobre o curso da história do Império Romano no primeiro século excetuando-se Jesus Cristo.[10] Nada além da ressurreição de Cristo poderia explicar essa transformação.

OS OUTROS APÓSTOLOS

Os outros apóstolos, também, superaram o medo e enfrentaram sofrimento, prisões e mesmo a morte ao proclamarem as boas novas de um Cristo ressureto pelo mundo. Seria possível imaginar que essas pessoas pudessem morer tão bravamente por um mero mito? "Cada um dos discípulos, exceto João, morreu como um mártir ... por causa da tenacidade de suas crenças e declarações", observa o pesquisadorJosh McDowell.[11]

Em contraste com outros que têm morrido por um esperança inverificável além da morte (p. ex., místicos buscando a reencarnação e militantes mulçumanos esperando recompensas de Alá), os discípulos de Jesus viveram e morreram por uma afirmação verificável de que o túmulo estava vazio e que eles haviam visto Jesus vivo novamente.

O perito em legislatura Dr. Simon Greenleaf, fundador da Harvard Law School, nota:

"Propagandeando essa nova fé, mesmo do modo mais inofensivo e pacífico, [os primeiros cristãos receberam]desprezo, oposição ... e mortes cruéis. Mesmo assim eles propagaram essas nova fé zelosamente e suportaram todas as dificuldades sem se desesperarem e se regozijando com elas. E mesmo quando, um após o outro, iam sendo mortos, aqueles que sobreviviam somente [continuavam] o seu trabalho com mais vigor e resolução ... Raramente os anais de conflitos históricos mostram tal exemplo de constância e paciência heróicas e indisputável coragem ... Se fosse moralmente possível que eles tivessem sidos enganados nesta matéria, todos motivos humanos cooperariam para fazê-los descobrir e evitar o seu erro. A partir dessas [considerações] não há escape a não ser a perfeita convicção e admissão de que eles eram bons homens, testificando o que eles haviam cuidadosamente observado ... e sabiam bem ser a verdade.[12]

O Dr. Greenleaf é considerado como um dos maiores juristas dos Estados Unidos. Ele era, anteriormente, aberta e completamente cético sobre o Cristianismo e tomou como objetivo para si desprovar a deidade de Cristo. No final de suas pesquisas ele concluiu que a ressurreição era verdadeira "além de qualquer dúvida razoável". Greenleaf tornou-se um cristão após estudar a evidência por si próprio. Muitos outros grandes juristas concordam com Greenleaf que, se o caso da morte e ressurreição de Cristo fosse levado a julgamento, ele venceria sem sombra de dúvida. As suas reividicações são bem estabelecidas e verificadas por provas independentes e convergentes.

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