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Texto: João 20.1-18
INTRODUÇÃO A confissão de fé na ressurreição "carnal" dos crentes é fundamentada na fé da ressurreição do corpo de Cristo. Apesar da convicção inabalável da igreja histórica na ressurreição da carne, existem, em nossos dias, alguns que se julgam ortodoxos, mas não aceitam esta doutrina. No passado, também houve aqueles que se apartaram dessa confissão pregada pelo cristianismo apostólico, negando a realidade da ressurreição. Hoje, igualmente, alguns continuam sendo tentados a mudar de rumo negando a materialidade da ressurreição. Creem numa ressurreição apenas espiritual (não material). O que nos chama a atenção nisso tudo é que os tais não têm dificuldades em pregar uma "tumba vazia" enquanto, de forma irônica, negam que um corpo material (carnal) possa ter emergido desta. Tal linha de pensamento é uma grande heresia, pois claramente as escrituras sagradas afirmam que o Cristo Ressurreto teve fome e a prova cabal e concreta do corpo físico está em Lucas 24:39,41,43, onde Jesus disse: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho...Tendes aqui alguma coisa que comer?... E Ele comeu na presença deles." Nós cremos na ressurreição carnal de Cristo. Ela é de suma importância para o cristianismo. Sua realidade e historicidade são os pilares mais importantes do Cristianismo. A ressurreição é o coração da Igreja Cristã. Ao ressuscitar dos mortos Jesus provou ser o poderoso Filho de Deus, com a natureza santa do próprio Deus. Paulo chegou a afirmar que se Cristo não ressuscitou, tudo é vão, 1 Co 15.14-19, "14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; 15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens". Jesus disse, em Jo 10:17-18: "Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai". Jesus anunciou Sua ressurreição e enfatizou que isso seria o "sinal" para autenticar Sua afirmação de ser o Messias. São várias as passagens que documentam as afirmações de Jesus sobre Sua ressurreição (estão na pastoral do Boletim): Mateus 12:38-40; 16:21; 17:9; 17:22-23; 20:18-19; 26:32; 27:63. Marcos 8:31; 9:1; 9:10; 9:31; 10:32-34; 14:28, 58. Lucas 9:22. João 2:18-22; 12:32-34. Uma dessas referências é João 2:18-22: "Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isto? Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito".
Contudo, antes de falar da ressurreição, É NECESSÁRIO PRIMEIRO ESTABELECER QUE CRISTO MORREU. O sábado se aproximava. Os soldados romanos não quebraram suas pernas já que ele estava morto. Seu corpo foi perfurado por uma lança. Sangue e água saíram pelo orifício. Pilatos assegurou-se da morte junto ao centurião antes de entregar seu corpo a José de Arimatéia. Portanto, não se tratava de um desmaio ou de um estado catatônico, mas sim da morte física de Jesus Cristo. Importante lembrar dos milagres de ressurreição contados na Bíblia.
PROVAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
I) O SEPULCRO VAZIO
a.1) Para começar, não estava totalmente escuro. Embora, João afirme que as mulheres foram ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, (Jo 20.1, "No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida"); Marcos nos fala que o fato se deu ao "despontar do sol", Mc 16.2, "E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo".
4. Com o sepulcro vazio podemos afirmar: Cristo ressuscitou. Aleluia!
II) OS LENÇÓIS
III) AS APARIÇÕES DO SENHOR
a) Apareceu a Maria Madalena, Jo 20.11-18. b) Apareceu às mulheres que regressavam do sepulcro, Mt 28.9. c) Apareceu a Pedro, Lc 24.34; 1 Co 15.5. d) Apareceu aos dois discípulos na estrada de Emaús, Lc 24.13ss. e) Apareceu aos dez no Cenáculo, Lc 24.36-42. f) Apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, 1 Co 15.6. g) Apareceu a Tiago, 1 Co 15.7. h) Apareceu a muitos perto do Mar da Galiléia, Jo 21.1-23. i) Apareceu a muitos no Monte das Oliveiras, Lc 24.50-53. j) Apareceu a Paulo, 1 Co 15.8.
b) Em segundo lugar, os discípulos tiveram alucinações. A alucinação é a "percepção aparente de um objeto externo, quando este não está presente". Normalmente, possuem alucinações, pessoas psicóticas e neuróticas, ou pessoas que estão sob efeito de drogas. Não é possível afirmar que os discípulos eram desta natureza. Ainda que admitamos que pessoas normais tenham alucinações, tais alucinações ocorrem quando elas estão sob forte clima de pensamento exagerado, ou forte desejo íntimo para ver coisas. Isto não ocorreu com os discípulos, pois:
IV) O TESTEMUNHO DA HISTÓRIA
Um historiador judeu de nome Josefo escreveu no final do primeiro século D.C., em sua obra Tempos Antigos Dos Judeus: "Havia, então, um homem nesse tempo chamado Jesus, um homem sábio, se é que é lícito chamá-Lo de um homem; pois ele fazia maravilhas, um mestre de homens que receberam a verdade com imenso prazer. Ele atraía para si muitos judeus e também muitos dos gregos. Tal homem era o Cristo e quando Pilatos o condenou à cruz, pela acusação dos homens principais entre nós, aqueles que o amaram desde o princípio não o abandonaram; ele lhes apareceu vivo no terceiro dia. Os santos profetas haviam falado estas coisas e milhares de outras maravilhas a respeito dele. E mesmo agora, a raça de Cristãos, os que tomaram seu nome, não desvaneceu." Josefo era um judeu tentando agradar aos romanos e certamente ele não teria relatado esta história se não fosse verdade, já que não era agradável aos romanos retratar Pilatos como aquele que havia condenado o "Cristo".
V) O TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS
Simon Greenleaf, Professor de Direito na Universidade de Harvard, escreveu em An Examination of the Testimony of the Four Evangelists by the Rules of Evidence Administered in the Courts of Justice -(Um exame do Testemunho dos Quatro Evangelistas segundo as Regras de Evidências Aplicadas nas Cortes de Justiça): "As grandes verdades que os apóstolos declararam eram que Cristo tinha ressuscitado dos mortos, e que só através do arrependimento do pecado, e fé em Jesus, os homens poderiam obter a salvação. Esta é a doutrina que eles afirmavam com uma só voz, em todos os lugares, não apenas sob condições de desalento, mas ante os mais assustadores erros que se podem apresentar à mente do homem. O mestre desses homens acabava de morrer como um malfeitor, pela sentença de um tribunal público. Sua religião procurava derrotar as religiões do mundo inteiro. As leis de cada país estavam contra os ensinamentos de Seus discípulos. Os interesses e as paixões de todos os governantes e grandes homens no mundo estavam contra eles. O costume do mundo estava contra eles. Propagando esta nova fé, mesmo que da maneira mais inofensiva e pacífica, eles não podiam esperar coisa alguma a não ser desprezo, oposição, insultos, perseguições amargas, açoites, aprisionamentos, tormentas e mortes cruéis. Ainda assim, eles propagaram zelosamente a fé que tinham, suportaram firmes todas estas misérias e, não somente isto, eles o fizeram com júbilo. Foram expostos a mortes miseráveis um após o outro, contudo os sobreviventes prosseguiram a obra com maior vigor e determinação. Poucas vezes os anais de combates militares fornecem tal exemplo de persistência heróica, paciência e indescritível coragem. Eles tinham todas as razões possíveis para reverem cuidadosamente os fundamentos da fé que professavam e as evidências dos grandes fatos e verdades que afirmavam; e estas razões os oprimiam com tristeza e freqüência terrível. Por isso era impossível que eles persistissem em afirmar as verdades que narravam, se Jesus não tivesse realmente ressuscitado dos mortos. Sem sombra de dúvida eles sabiam o que tinha acontecido" (Greenleaf, Simon. Testimony of the Evangelists, Examined by the Rules of Evidence Administered in Courts of Justice. Grand Rapids: Baker Book House, 1965 (reprinted from 1847 edition). Depois da crucificação os apóstolos se esconderam temerosos pela perseguição das autoridades (certamente eles não tinham a coragem de entrar no túmulo de Jesus e "roubar" Seu corpo como os chefes religiosos queriam fazê-lo subornando os guardas). Ainda assim, os apóstolos morreram como mártires pregando que Jesus é o Filho de Deus que ressuscitou dos mortos. Pedro negou Jesus várias vezes depois que Jesus foi preso, mas pouco tempo depois de Sua crucificação e sepultamento, lá estava Pedro em Jerusalém pregando corajosamente sob ameaças de morte que Jesus era Filho de Deus e que havia ressuscitado. A fé de Pedro era tão fervorosa que na época de sua crucificação ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo porque não se considerava digno de morrer na mesma posição do Messias. Acredita-se que Tomé, que havia colocado seus dedos nas feridas de Jesus, também morreu como mártir atravessado por uma lança. Tiago, irmão de Jesus, que havia duvidado de Suas afirmações, morreu apedrejado depois que Jesus lhe apareceu (1 Coríntios 15:7). É muito difícil morrer por uma mentira. Na história contemporânea, temos visto algumas pessoas morrerem pelas causas políticas nas quais elas acreditam, mas ninguém morre pelo que não acredita. Alguma coisa transformou estes apóstolos intimidados e humilhados em poderosos porta-vozes de sua fé. Jesus lhes havia aparecido. O livro de Atos narra que Jesus Se apresentou vivo aos apóstolos. "Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas relacionadas ao reino de Deus" (Atos 1:3).
CONCLUSÃO
2. A ressurreição do Senhor, nos garante vida, 1 Co 15.21-22, "21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo".
Buda morreu e seu túmulo ainda guarda seus restos mortais. Maomé morreu e seu corpo jaz em seu túmulo. Em Jerusalém foi sepultada Maria, mãe de Jesus, aguardando pela ressurreição dos mortos. Muitos céticos fazem de tudo para encontrar os restos mortais de Jesus, mas jamais irão encontrá-lo da maneira que querem, porque o lugar dele não era e não é num túmulo. Ele veio do Pai e retornou ao Pai. O túmulo não pode detê-lo. Ele ressuscitou, ele vive, ele reina, ele é Senhor dos Senhores, Ele voltará e reinará para todo o sempre. Aleluia! Glória a Deus! |
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