quarta-feira, 29 de junho de 2011

Provas da Ressurreição de Cristo


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Texto: João 20.1-18

INTRODUÇÃO


A confissão de fé na ressurreição "carnal" dos crentes é fundamentada na fé da ressurreição do corpo de Cristo. Apesar da convicção inabalável da igreja histórica na ressurreição da carne, existem, em nossos dias, alguns que se julgam ortodoxos, mas não aceitam esta doutrina. No passado, também houve aqueles que se apartaram dessa confissão pregada pelo cristianismo apostólico, negando a realidade da ressurreição. Hoje, igualmente, alguns continuam sendo tentados a mudar de rumo negando a materialidade da ressurreição. Creem numa ressurreição apenas espiritual (não material). O que nos chama a atenção nisso tudo é que os tais não têm dificuldades em pregar uma "tumba vazia" enquanto, de forma irônica, negam que um corpo material (carnal) possa ter emergido desta.

Tal linha de pensamento é uma grande heresia, pois claramente as escrituras sagradas afirmam que o Cristo Ressurreto teve fome e a prova cabal e concreta do corpo físico está em Lucas 24:39,41,43, onde Jesus disse: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho...Tendes aqui alguma coisa que comer?... E Ele comeu na presença deles."

Nós cremos na ressurreição carnal de Cristo. Ela é de suma importância para o cristianismo. Sua realidade e historicidade são os pilares mais importantes do Cristianismo. A ressurreição é o coração da Igreja Cristã. Ao ressuscitar dos mortos Jesus provou ser o poderoso Filho de Deus, com a natureza santa do próprio Deus. Paulo chegou a afirmar que se Cristo não ressuscitou, tudo é vão, 1 Co 15.14-19, "14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; 15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens". Jesus disse, em Jo 10:17-18: "Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai".

Jesus anunciou Sua ressurreição e enfatizou que isso seria o "sinal" para autenticar Sua afirmação de ser o Messias. São várias as passagens que documentam as afirmações de Jesus sobre Sua ressurreição (estão na pastoral do Boletim): Mateus 12:38-40; 16:21; 17:9; 17:22-23; 20:18-19; 26:32; 27:63. Marcos 8:31; 9:1; 9:10; 9:31; 10:32-34; 14:28, 58. Lucas 9:22. João 2:18-22; 12:32-34.

Uma dessas referências é João 2:18-22: "Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isto? Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito".

Contudo, antes de falar da ressurreição, É NECESSÁRIO PRIMEIRO ESTABELECER QUE CRISTO MORREU. O sábado se aproximava. Os soldados romanos não quebraram suas pernas já que ele estava morto. Seu corpo foi perfurado por uma lança. Sangue e água saíram pelo orifício. Pilatos assegurou-se da morte junto ao centurião antes de entregar seu corpo a José de Arimatéia. Portanto, não se tratava de um desmaio ou de um estado catatônico, mas sim da morte física de Jesus Cristo. Importante lembrar dos milagres de ressurreição contados na Bíblia.

PROVAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

I) O SEPULCRO VAZIO


1. As narrativas da ressurreição nos evangelhos principiam com a visita de algumas mulheres ao sepulcro na manhã do domingo de Páscoa. Quando lá chegaram, ficaram espantadas ao descobrirem que o corpo de Cristo havia desaparecido. O sepulcro estava vazio.


2. Os céticos tentam afirmar através de algumas teorias falsas que Cristo não ressuscitou e que tudo não passou de um engano. Tentam explicar através destas falsas teorias o que segundo eles aconteceu:


a) Em primeiro lugar, afirmam que as mulheres, poderiam ter ido ao sepulcro errado. Segundo eles, ainda estava escuro e elas confusas com aquele sofrimento, poderiam ter cometido um engano:

a.1) Para começar, não estava totalmente escuro. Embora, João afirme que as mulheres foram ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, (Jo 20.1, "No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida"); Marcos nos fala que o fato se deu ao "despontar do sol", Mc 16.2, "E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo".


a.2) Além disso, elas não eram tão idiotas, pois pelo menos duas delas estiveram no local, onde José de Arimatéia e Nicodemos haviam colocado o corpo do Senhor, Mc 15.47, "Ora, Maria Madalena e Maria, mãe de José, observaram onde ele foi posto"; e ficaram sentadas em frente da sepultura, Mt 27.61, "Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria". Se uma delas errasse, certamente a outra não erraria.


b) Em segundo lugar, há a teoria do desfalecimento: Afirmam que Jesus realmente não morreu. Ele só desmaiou. Contudo, as evidências contrariam tal afirmação:


b.1) O testemunho do centurião, Mc 15.44-45, "44 Mas Pilatos admirou-se de que ele já tivesse morrido. E, tendo chamado o centurião, perguntou-lhe se havia muito que morrera.45 Após certificar-se, pela informação do comandante, cedeu o corpo a José".


b.2) O soldado que lhe abriu o lado com a lança, Jo 19.34, "Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água".


b.3) Poderia Jesus, após tanto sofrimento, ter resistido a trinta e seis horas dentro de um sepulcro fechado e depois ainda encontrar forças físicas para empurrar a grande pedra colocada à porta do sepulcro? Isto sem perturbar a guarda romana?


c) Em terceiro lugar, há a teoria de que ladrões de qualquer espécie roubaram o corpo:


c.1) Seria difícil enganar a guarda romana.


c.2) Se isso tivesse acontecido, não teriam deixado os lençóis.


d) Em quarto lugar, há a teoria de que os próprios discípulos levaram o corpo. Os judeus, até mesmo espalharam este boato, subornando os guardas, Mt 28.11-15, "11 E, indo elas, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera. 12 Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, 13 recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos. 14 Caso isto chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos e vos poremos em segurança. 15 Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje".


d.1) Seria impossível passar pelos guardas.


d.2) Se isso tivesse acontecido, como ficaria o fator psicológico dos discípulos? Teriam eles condições de pregar a mensagem do livro de Atos?, At 2.23-24, "23 sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; 24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela". Não só a pregação, mas até mesmo a vida que levaram depois (sofrimento, assassinatos, mortes, etc.). Teriam eles sido tão hipócritas?


e) Em quinto lugar, o corpo teria sido roubado pelas autoridades romanas e hebraicas, para mostrá-lo ao povo, se os discípulos surgissem com a versão de que Cristo ressuscitara o que lhes era esperado. Ficaram com medo de alguma trapaça:


e.1) Se assim fosse, porque o corpo não apareceu, quando os discípulos começaram a pregar que Cristo havia ressuscitado?


e.2) Pelo contrário, estas autoridades, recorreram a ameaças, difamações, conspirações e mortes, para reprimi-los.


3. Alguém ainda poderia perguntar: Se Jesus ressuscitado podia atravessar uma parede, porque então precisou remover a pedra? A resposta é simples: Para que todos vissem que o túmulo estava vazio.

4. Com o sepulcro vazio podemos afirmar: Cristo ressuscitou. Aleluia!

II) OS LENÇÓIS


1. As narrativas nos contam que o corpo de Cristo, não se achava mais no lugar onde foi posto, mas os lençóis permaneceram no mesmo lugar, intactos. Vejamos o relato de João, Jo 20.3-7, "3 Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. 4 Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; 5 e, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia, não entrou. 6 Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, 7 e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte".


2. Os discípulos viram e creram. O que eles viram? Não foi somente a ausência do corpo, mas a posição dos lençóis.


3. Vamos reconstruir um pouco a história: José de Arimatéia solicita o corpo a Pilatos. Nicodemos levou especiarias para o sepultamento. Tomaram o corpo de Jesus e o ataram com os lençóis envolvidos nas especiarias, Jo 19.38-40, "38 Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente pelo receio que tinha dos judeus, rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. Pilatos lho permitiu. Então, foi José de Arimatéia e retirou o corpo de Jesus. 39 E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés. 40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro". Sem dúvida, outro costume era colocar um pedaço de pano sobre a cabeça. Lembram de Lázaro: Jo 11.44, "Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir".


4. Os lençóis eram enrolados no corpo, com as especiarias, como se fosse um gesso, na forma de ataduras. O lenço era enrolado na cabeça, deixando a face livre. Não era possível sair daquele casulo, sem mexer na posição dos lençóis.

5. Os discípulos viram o que? O lençol estava intacto e o lenço que havia sido colocado na cabeça estava num lugar à parte, Jo 20.6-7, "6 Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, 7 e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte". O corpo de Jesus passara por entre as ataduras, sem mexer com a posição delas.


6. Os lençóis foram uma forte evidência da ressurreição.

III) AS APARIÇÕES DO SENHOR


1. Todo leitor dos evangelhos, sabe que os mesmos incluem algumas histórias extraordinárias de como Jesus apareceu aos discípulos após a sua ressurreição. Sabemos de dez aparições do Senhor em separado:

a) Apareceu a Maria Madalena, Jo 20.11-18.

b) Apareceu às mulheres que regressavam do sepulcro, Mt 28.9.

c) Apareceu a Pedro, Lc 24.34; 1 Co 15.5.

d) Apareceu aos dois discípulos na estrada de Emaús, Lc 24.13ss.

e) Apareceu aos dez no Cenáculo, Lc 24.36-42.

f) Apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, 1 Co 15.6.

g) Apareceu a Tiago, 1 Co 15.7.

h) Apareceu a muitos perto do Mar da Galiléia, Jo 21.1-23.

i) Apareceu a muitos no Monte das Oliveiras, Lc 24.50-53.

j) Apareceu a Paulo, 1 Co 15.8.


2. Vejam como Lucas descreve em Atos acerca dos aparecimentos, At 1.1-3, "1 Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar 2 até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. 3 A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus".


3. Mesmo com todas estas testemunhas, há algumas explicações dos céticos que tentam destruir a veracidade das aparições:


a) Em primeiro lugar, os discípulos teriam inventado que Cristo apareceu a eles. Se isto fosse verdade, certamente os discípulos teriam inventado uma história muito mais fantástica, como nos evangelhos apócrifos, e não um quebra cabeça de acontecimentos, que os evangelhos produziram. Além disso, jamais teriam incluído Maria Madalena na história inventada, em razão de sua reputação.

b) Em segundo lugar, os discípulos tiveram alucinações. A alucinação é a "percepção aparente de um objeto externo, quando este não está presente". Normalmente, possuem alucinações, pessoas psicóticas e neuróticas, ou pessoas que estão sob efeito de drogas. Não é possível afirmar que os discípulos eram desta natureza. Ainda que admitamos que pessoas normais tenham alucinações, tais alucinações ocorrem quando elas estão sob forte clima de pensamento exagerado, ou forte desejo íntimo para ver coisas. Isto não ocorreu com os discípulos, pois:


b.1) Alguns nem mesmo acreditaram, Mc 16.11, "Estes, ouvindo que ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram".


b.2) Ficaram surpresos e atemorizados, Lc 24.37, "Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito".


b.3) Exemplo de Tomé, Jo 20.24-29, "24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir em suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. 26 Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! 27 E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. 28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! 29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram".


4. Só temos que admitir que as experiências dos discípulos eram verdadeiras. Cristo ressuscitara e aparecera aos discípulos em muitas vezes, com incontestáveis provas.

IV) O TESTEMUNHO DA HISTÓRIA

Um historiador judeu de nome Josefo escreveu no final do primeiro século D.C., em sua obra Tempos Antigos Dos Judeus: "Havia, então, um homem nesse tempo chamado Jesus, um homem sábio, se é que é lícito chamá-Lo de um homem; pois ele fazia maravilhas, um mestre de homens que receberam a verdade com imenso prazer. Ele atraía para si muitos judeus e também muitos dos gregos. Tal homem era o Cristo e quando Pilatos o condenou à cruz, pela acusação dos homens principais entre nós, aqueles que o amaram desde o princípio não o abandonaram; ele lhes apareceu vivo no terceiro dia. Os santos profetas haviam falado estas coisas e milhares de outras maravilhas a respeito dele. E mesmo agora, a raça de Cristãos, os que tomaram seu nome, não desvaneceu."

Josefo era um judeu tentando agradar aos romanos e certamente ele não teria relatado esta história se não fosse verdade, já que não era agradável aos romanos retratar Pilatos como aquele que havia condenado o "Cristo".

V) O TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS

Simon Greenleaf, Professor de Direito na Universidade de Harvard, escreveu em An Examination of the Testimony of the Four Evangelists by the Rules of Evidence Administered in the Courts of Justice -(Um exame do Testemunho dos Quatro Evangelistas segundo as Regras de Evidências Aplicadas nas Cortes de Justiça): "As grandes verdades que os apóstolos declararam eram que Cristo tinha ressuscitado dos mortos, e que só através do arrependimento do pecado, e fé em Jesus, os homens poderiam obter a salvação. Esta é a doutrina que eles afirmavam com uma só voz, em todos os lugares, não apenas sob condições de desalento, mas ante os mais assustadores erros que se podem apresentar à mente do homem. O mestre desses homens acabava de morrer como um malfeitor, pela sentença de um tribunal público. Sua religião procurava derrotar as religiões do mundo inteiro. As leis de cada país estavam contra os ensinamentos de Seus discípulos.

Os interesses e as paixões de todos os governantes e grandes homens no mundo estavam contra eles. O costume do mundo estava contra eles. Propagando esta nova fé, mesmo que da maneira mais inofensiva e pacífica, eles não podiam esperar coisa alguma a não ser desprezo, oposição, insultos, perseguições amargas, açoites, aprisionamentos, tormentas e mortes cruéis. Ainda assim, eles propagaram zelosamente a fé que tinham, suportaram firmes todas estas misérias e, não somente isto, eles o fizeram com júbilo. Foram expostos a mortes miseráveis um após o outro, contudo os sobreviventes prosseguiram a obra com maior vigor e determinação.

Poucas vezes os anais de combates militares fornecem tal exemplo de persistência heróica, paciência e indescritível coragem. Eles tinham todas as razões possíveis para reverem cuidadosamente os fundamentos da fé que professavam e as evidências dos grandes fatos e verdades que afirmavam; e estas razões os oprimiam com tristeza e freqüência terrível. Por isso era impossível que eles persistissem em afirmar as verdades que narravam, se Jesus não tivesse realmente ressuscitado dos mortos. Sem sombra de dúvida eles sabiam o que tinha acontecido" (Greenleaf, Simon. Testimony of the Evangelists, Examined by the Rules of Evidence Administered in Courts of Justice. Grand Rapids: Baker Book House, 1965 (reprinted from 1847 edition).

Depois da crucificação os apóstolos se esconderam temerosos pela perseguição das autoridades (certamente eles não tinham a coragem de entrar no túmulo de Jesus e "roubar" Seu corpo como os chefes religiosos queriam fazê-lo subornando os guardas). Ainda assim, os apóstolos morreram como mártires pregando que Jesus é o Filho de Deus que ressuscitou dos mortos. Pedro negou Jesus várias vezes depois que Jesus foi preso, mas pouco tempo depois de Sua crucificação e sepultamento, lá estava Pedro em Jerusalém pregando corajosamente sob ameaças de morte que Jesus era Filho de Deus e que havia ressuscitado. A fé de Pedro era tão fervorosa que na época de sua crucificação ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo porque não se considerava digno de morrer na mesma posição do Messias. Acredita-se que Tomé, que havia colocado seus dedos nas feridas de Jesus, também morreu como mártir atravessado por uma lança. Tiago, irmão de Jesus, que havia duvidado de Suas afirmações, morreu apedrejado depois que Jesus lhe apareceu (1 Coríntios 15:7).

É muito difícil morrer por uma mentira. Na história contemporânea, temos visto algumas pessoas morrerem pelas causas políticas nas quais elas acreditam, mas ninguém morre pelo que não acredita. Alguma coisa transformou estes apóstolos intimidados e humilhados em poderosos porta-vozes de sua fé. Jesus lhes havia aparecido. O livro de Atos narra que Jesus Se apresentou vivo aos apóstolos. "Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas relacionadas ao reino de Deus" (Atos 1:3).

CONCLUSÃO



1. A maior garantia que temos, em termos de cristianismo, é a ressurreição de Cristo. Sem a ressurreição de Cristo, não poderia haver igreja, cristãos, e todo aparato religioso. Servimos a um Deus vivo. Aleluia!

2. A ressurreição do Senhor, nos garante vida, 1 Co 15.21-22, "21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo".

Buda morreu e seu túmulo ainda guarda seus restos mortais. Maomé morreu e seu corpo jaz em seu túmulo. Em Jerusalém foi sepultada Maria, mãe de Jesus, aguardando pela ressurreição dos mortos. Muitos céticos fazem de tudo para encontrar os restos mortais de Jesus, mas jamais irão encontrá-lo da maneira que querem, porque o lugar dele não era e não é num túmulo. Ele veio do Pai e retornou ao Pai. O túmulo não pode detê-lo. Ele ressuscitou, ele vive, ele reina, ele é Senhor dos Senhores, Ele voltará e reinará para todo o sempre. Aleluia! Glória a Deus!


Provas da Ressurreição de Cristo (Mensagem 1 - Pr. Helmuth Zimmer)

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